Um roubo a banco na modalidade "novo cangaço", como não era visto há pelo menos 1 ano em todo o estado do Rio Grande do Sul, segundo a polícia, surpreendeu e levou terror, na manhã desta quarta-feira (7), aos pouco mais de 6 mil moradores da pequena cidade de Amaral Ferrador, que fica a cerca de 200 quilômetros da capital Porto Alegre. A princípio, a investigação já sabe que quatro homens realizaram a ação criminosa, que teve cordão humano, reféns sequestrados, troca de tiros com a Brigada Militar e fuga. Um cerco foi feito na área em que eles abandonaram o carro usado na empreitada e, em seguida, fugiram mata a dentro.
Toda ação aconteceu por volta das 10h da manhã, no banco Banrisul da cidade, justamente o horário em que as agências bancárias abrem. Os quatro indivíduos armados renderam funcionários e clientes e efetuaram o roubo, com características da modalidade "novo cangaço".
— Eles fizeram um cordão humano com cerca de dez pessoas que estavam no entorno do banco e fugiram levando duas pessoas, dois funcionários do banco. Eles saíram de carro e cruzaram com viatura da Brigada Militar. Nesse momento, houve troca de tiros e eles conseguiram fugir. Na altura do município de Encruzilhada do Sul, eles abandonaram o veículo e se embrenharam numa mata — conta a delegada Vanessa Pitrez, diretora do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), da qual a Delegacia de Roubos, que investiga o caso, faz parte.
Ela conta que um cerco foi feito e os criminosos ainda são procurados.
— A Polícia Civil foi acionada e se deslocou ao local, assim como a Brigada Militar e o Batalhão de Operações Especiais, que fez um cerco nessa mata. As investigações começaram a partir da Delegacia de Roubos e já foram feitas perícias. Já temos alguns suspeitos identificados e já foi encontrado pelo menos um malote com parte do valor que havia sido levado. O trabalho segue em andamento — acrescentou a investigadora.
A delegada afirma ainda que, apesar de o crime ter sido cometido com características de novo cangaço, os indícios, a princípio, não apontam para a ação de uma quadrilha especializada nessa modalidade. No entanto, nenhuma possibilidade é descartada ainda.
— Não há indicativo de que se trate de uma quadrilha especializada nesse tipo de assalto. A princípio. É um tipo de crime que há 1 ano não tínhamos aqui no estado do Rio Grande do Sul. E, por enquanto, princípio pela identificação de alguns dos suspeitos não se trata de quadrilha especializada nessa modalidade de assalto. As investigações prosseguem: as imagens foram coletadas e estão sendo analisadas.
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