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Por — Brasilia

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que é preciso apurar se houve conivência na fuga dos dois detentos da Penitenciária Federal de Mossoró (RN). Em coletiva de imprensa na Etiópia, Lula disse que é preciso saber como os detentos "cavaram um buraco e ninguém viu."

— A primeira pessoa que disse que estaria fazendo uma sindicância para apurar se houve participação de alguém que trabalhava no presídio foi o ministro Lewandowski e, por isso, estamos à procura dos presos e esperamos encontrá-los. Queremos saber como esses cidadãos cavaram buraco e ninguém viu. Só faltaram contratar escavadeira.

E acrescentou:

— Não quero acusar, mas teoricamente parece que teve conivência de alguém do sistema lá dentro, mas não posso acusar ninguém, sou obrigado a acreditar que uma investigação que está sendo feita pela polícia local e a Polícia Federal nos indique amanhã ou depois de amanhã o que aconteceu no presídio de Mossoró. É a primeira vez que foge alguém desses presídios. Isso significa que pode ter havido relaxamento e precisamos saber de quem — afirmou o presidente.

Os fugitivos foram identificados como Rogério da Silva Mendonça, 36, conhecido como Tatu, e Deibson Cabral Nascimento, 34, chamado de Deisinho. Ambos são do Acre e estavam na Penitenciária Federal de Mossoró desde 27 de setembro de 2023.

Os dois detentos que fugiram da Penitenciária federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte, na quarta-feira passada, fizeram uma família refém na noite de sexta-feira. Não houve violência. A dupla chegou pelo mato por volta das 19h30 de sexta-feira e deixou a casa 0h30 de sábado. Eles disseram querer comida e celular.

Em julho de 2023, a dupla participou de uma rebelião sangrenta em presídio de segurança máxima em Rio Branco. Houve roubo de armas e ferimentos de policiais penais, reféns e cinco mortes, sendo três delas decapitações.

O motim levou os dois presos a serem transferidos para o presídio federal de Mossoró (RN), criado com o objetivo de isolar líderes de facções criminosas do restante da massa carcerária. Rogério e Deibson Cabral Nascimento estavam em celas individuais antes da fuga.

Em entrevista na quinta-feira, o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, afirmou que os fugitivos estavam a um raio de 15 quilômetros da prisão. As buscas envolvem 300 agentes de segurança, helicópteros e drones, com equipes especiais da Polícia Federal e Polícia Rodoviária Federal. O ministro está em Mossoró neste domingo para acompanhar as buscas.

Lewandowski afastou a direção da penitenciária no mesmo dia da fuga e nomeou um interventor, Carlos Luis Vieira Pires, que já dirigiu a penitenciária federal de Catanduvas (PR). A Polícia Federal apura se a fuga teve a a ajuda de um agente penitenciário ou operário de obras feitas na unidade.

Inédita no sistema penitenciário federal, a fuga ocorreu de terça para quarta-feira. A unidade de segurança máxima foi inaugurada em 3 de julho de 2009 e projetado para receber até 208 presos. O presídio é uma reprodução do modelo de unidades de segurança máxima norte-americanas, conhecidas como “Supermax”, conforme descrição do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

A perícia da PF encontrou objetos metálicos nas celas dos fugitivos, usados para arrancar uma luminária e ampliar o buraco por onde fugiram. A posse dos artefatos viola o protocolo de segurança do presídio de segurança máxima.

Investigadores avaliam que tanto a retirada da luminária quanto o buraco não tenham sido feitos de uma hora para outra, mas aos poucos, e ao longo de vários dias. Uma das suspeitas é de que os presos usaram um lençol na ponta dos objetos para abafar o barulho com os preparativos para a fuga.

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