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Por O Globo — Rio de Janeiro

As buscas pelos dois detentos que fugiram da Penitenciária Federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte, chegam ao sétimo dia nesta terça-feira e enfrentam dificuldades relativas às condições climáticas. A região onde está localizada a unidade prisional passa por temporais nos últimos dias e está incluída em um alerta laranja do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), com grau de severidade descrito como "perigo". Além das chuvas, a área é repleta de cavernas que também representam desafios para os trabalhos da força-tarefa que tenta recapturar os presidiários.

A instabilidade é causada por uma Zona de Convergência Intertropical. De acordo com o Inmet, há risco de chuvas intensas com uma série de riscos potenciais, como: chuvas de até 100mm por dia, ventos de até 100km/h, possibilidade de corte de energia elétrica, queda de galhos de árvores, alagamentos e de descargas elétricas.

O alerta do Inmet inclui os municípios de Mossoró, onde fica a unidade prisional, e a vizinha Baraúna, onde são realizadas buscas, além da região do Parque Nacional da Furna Feia.

Cavernas

Neste domingo, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, cogitou a possibilidade da dupla Deibson Cabral Nascimento e Rogério da Silva Mendonça estar escondida em grutas na região.

O presídio está situado nas proximidades do Parque Nacional da Furna Feia, onde existem 218 cavernas catalogadas pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), o que dificulta a localização dos foragidos.

— O terreno é um terreno complexo do ponto de vista das buscas, porque ele é basicamente coberto por matas. É uma zona rural extensa, além das rodovias. As vias federais estão sendo muito bem monitoradas pela Polícia Rodoviária Federal — afirmou Lewandowski, ao ser questionado sobre as grutas.

Policiais encontraram roupas usadas pelos foragidos a 11 quilômetros de distância do local da fuga, na última sexta. De acordo com o ministro, os criminosos podem estar num raio de 15 quilômetros da penitenciária e o Parque Nacional da Furna Feia se tornou um dos locais investigados pela Inteligência da polícia.

Região repleta de grutas

A Furna Feia é o primeiro Parque Nacional do Rio Grande do Norte, criado por um decreto presidencial em junho de 2012, durante o governo da ex-presidente Dilma Roussef. O parque possui uma área de 8.494 hectares e fica entre os municípios de Mossoró e Baraúna. Ele ganhou esse nome em homenagem à maior caverna da região, a Caverna Furna Feia, que foi nomeada assim por ser escura, profunda e cheia de abismos e animais como morcegos e aranhas.

O bioma da unidade é predominantemente de Caatinga, seco. Mesmo assim, as cavernas mantém uma temperatura menor, além de conservarem agua, assim diminuindo a sensação térmica.

O parque possui um grande ecossistema subterrâneo, a unidade é conhecida por terem registradas mais de 218 furnas, ou cavernas, em todo o seu território. Além disso, estima-se que 105 espécies de plantas, 101 espécies de aves, 23 espécies de mamíferos e 11 espécies de répteis vivem na região, de acordo com o Instituto Socioambiental (ISA).

Segundo o ministro, mesmo com sensores térmicos que podem ajudar a encontrar os foragidos escondidos pela região de mata, essas cavernas podem ser utilizadas como esconderijos e dificultar a localização dos criminosos mesmo com o uso desta tecnologia, enquanto os policiais têm obstáculos em encontrá-los a partir dos helicópteros e drones, já que as matas camuflam a visão do espaço.

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