Com alerta de incidência de escorpião-amarelo (Tityus serrulatus) em Búzios, na Região dos Lagos do Rio de Janeiro, o animal chama a atenção por ser a espécie mais perigosa e ameaçadora presente no Brasil. Típico do Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste, este aracnídeo é responsável pela maioria dos acidentes com escorpiões e pode causar desde sintomas leves como dor, edema e vermelhidão, até situações mais complexas, com sudorese, queda de pressão, náuseas, vômito e dores abdominais.
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Conhecidos por se alimentarem de insetos pequenos como baratas e moscas, os escorpiões podem ser encontrados em diversos locais e existem na natureza há mais de 450 milhões de anos. Ou seja, esses bichos viram o surgimento dos dinossauros, a extinção deles e o aparecimento da raça humana. Venenosos e com grande capacidade de camuflagem, os escorpiões-amarelos ajudam no equilíbrio ecológico, pois se alimentam de pequenos insetos e também fazem parte da cadeia alimentar de animais maiores, como gambás.
Características corporais
Com até sete centímetros de comprimento, os escorpiões-amarelos são de cor amarelada com manchas nos palpos, pernas e cauda. Sua parte ventral é caracterizada por uma mancha escura que compreende o corpo sem faixas ou alterações. Já a cauda, é coberta por pequeno filamentos nos últimos segmentos que antecedem o espinho.
O Tityus serrulatus se adaptou bem em áreas urbanas e em periferias de grandes cidades, com isso, conseguiu ampliar sua distribuição pelo país e se tornar a principal causadora de acidentes no Brasil. Sua reprodução se dá principalmente por partenogênese, ou seja, o processo em que não há necessidade de cruzamento entre machos e fêmeas.
Saiba o que fazer em caso de acidente e como evitar os animais
Atualmente, uma infestação do escorpião-amarelo é monitorada na cidade de Armação dos Búzios, na Região dos Lagos do Rio, pelo Instituto Vital Brazil (IVB) e pela prefeitura local. Até o momento, cerca de 200 escorpiões vivos foram coletados e incorporados ao Laboratório de Artrópodes do Instituto, onde são mantidos para pesquisa e extração de veneno. Segundo a Vigilância Ambiental do município, os bairros do Centro, Ferradura, João Fernandes, São José e Rasa têm apresentado maior ocorrência.
Os mais vulneráveis aos acidentes são crianças e idosos, no entanto, todo contato com escorpião deve ser avaliado por um médico. A recomendação é ir imediatamente ao hospital de referência mais próximo, onde a equipe médica avaliará o tratamento mais adequado, que pode incluir o uso do soro antiescorpiônico.
A vigilância alertou para medidas preventivas por parte da comunidade, como:
- Evitar o acúmulo de lixo
- Manter as lixeiras fechadas adequadamente
- Manter jardins e quintais limpos
- Evitar folhagens densas junto a paredes
- Solicitar a limpeza de terrenos baldios vizinhos
- Tomar cuidado ao manipular objetos onde os escorpiões possam se esconder.
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