Brasil
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Fevereiro, o mês do carnaval, é o que tem menos casamentos celebrados no Brasil, mostra a Pesquisa de Estatísticas do Registro Civil, referente ao ano de 2022, divulgada nesta quarta-feira (27) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Ao todo, foram 63.351 matrimônios realizados no segundo mês do ano. Dezembro, com as festas de fim de ano, é o mais escolhido pelos noivos. Foram 101.712 casamentos realizados no mês do Natal e Réveillon.

Os dados do IBGE também ilustram um raio-X dos matrimônios no país. Ao todo, foram registrados 970.041 casamentos em 2022, número 4% maior que no ano anterior, o que confirma uma retomada pós-pandemia, mas ainda mantém o número abaixo da média de 1.076.280 registrada entre 2015 e 2019. Desses casamentos, 11.022 foram firmados entre pessoas consideradas do mesmo sexo — um aumento de 20% na comparação com 2021.

— Os dados retratam as mudanças na sociedade e também de legislação. A resolução do CNJ, desde 2013, proíbe que os cartórios impeçam o casamento ou união estável de pessoas do mesmo sexo. Antes, alguns faziam e outros se recusavam. A partir da resolução, não podiam mais recusar, e nós começamos a coletar essas informações. São pessoas que querem assumir seus relacionamentos, agora encontram apoio na legislação e a tendência é de que esse número continue crescendo nos próximos anos — afirmou a gerente de pesquisa do IBGE, Klivia Brayner de Oliveira.

Segundo a pesquisa, o tempo médio dos casamentos no país caiu de 15,9 anos, em 2010, para 13,8 anos, em 2022. Entre os casais de sexos opostos, a média de idade dos cônjuges aumentou consideravelmente. Se em 2010 os casamentos eram firmados em média entre homens de 29 anos e mulheres de 26, agora essa média sobe para homens com 31 anos e mulheres com 29.

O aumento da idade média dos noivos também acompanha outro dado curioso presente na pesquisa: o número de cônjuges que se casaram solteiros, apesar de ainda ser maioria (69% do total), teve uma queda e agora figura bem abaixo dos 86,7% de 2002 e 78,2% de 2012. Em contrapartida, se em 2002 os noivos já divorciados ou viúvos representavam apenas 12,8% do total, o número subiu para 21,4% em 2012, e agora já chega a 30,4% em 2022 — nestes casos, as mulheres têm uma idade média de 41 anos e, o homem, de 45.

O estudo, segundo os pesquisadores, serve como um importante instrumento de acompanhamento da evolução populacional brasileira, possível parâmetro para estratégias de implementação de políticas públicas e, também, como um retrato aprofundado das mudanças nos aspectos sociais ao longo dos anos. São levantadas informações sobre nascimentos, casamentos civis, divórcios e mortes.

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