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Por — Rio de Janeiro

A identidade de uma mulher encontrada no dia 5 de outubro de 1980 em estágio avançado de decomposição numa floresta da cidade de Wiggins, no Mississipi (EUA), está, finalmente, caminhando para ser descoberta pelo Departamento de Polícia do Condado de Stone. Após mais de 40 anos de trabalho, os cientistas concluíram que, muito provavelmente, trata-se do corpo de uma brasileira, descendente de uma família de Campos dos Goytacazes (RJ) e com ancestralidade síria ou libanesa.

De acordo com as informações contidas no inquérito, "Senhorita Wiggins" tinha entre 30 e 40 anos ou pouco mais quando foi morta. Media cerca de 1,55m e possuía cabelos castanhos ou ruivos, na altura dos ombros. Ela fez tratamento odontológico para incluir vários canais radiculares e pontes, o que indica que tinha condições financeiras. Análises apontam ainda que pode ter sofrido ferimentos anteriores à morte, como clavícula e nariz quebrados.

Ainda segundo as análises, seus músculos eram bem desenvolvidos, especialmente nas extremidades superiores. O físico era provavelmente musculoso e compacto, o que indica que ela era fisicamente ativa por meio de ocupação ou atletismo. Os restos mortais estavam na floresta há cerca de seis meses.

Investigação retomada em 2021

Em 2021, a polícia do condado de Stone decidiu enviar a um laboratório americano especializado em análises genéticas forenses, o Othram Inc., baseado no Texas, amostras do corpo da Senhorita Wiggins, na esperança de que análises avançadas de DNA conseguissem ajudar a determinar a identidade da mulher, desconhecida por todo esse tempo.

O laboratório explica que os cientistas conseguiram remontar um perfil de DNA da Senhorita Wiggins usando sequenciamento de genoma de grau forense. Em seguida, os profissionais usaram este perfil para conduzir pesquisas genealógicas genéticas, visando fornecer pistas investigativas às autoridades. Foram estes estudos que a ligaram a uma família tradicional de Campos, dona de fazendas de cana-de-açúcar e alambiques no século XIX.

— Quando um perfil de DNA é construído, ele é carregado em dois bancos de dados de genealogia genética autorizados para uso policial nos EUA. Depois, é comparado com parentes genéticos separados em grupos, o que significa que cada grupo compartilha correspondências de DNA entre si — explica Carla Davis, americana chefe de Genética Genealogista do laboratório Othram. — A pesquisa genealógica é conduzida usando informações públicas e registros históricos, como registros de censo, de nascimento e óbito, artigos de jornais, registros de inventário etc., para estender os ramos da correspondência de DNA até que um ancestral comum entre o grupo de correspondências seja identificado. Muitas das vezes, as correspondências genéticas são entre parentes distantes, como é o caso da Senhorita Wiggins.

De acordo com a cientista, a análise de DNA sugere "fortemente" que Miss Wiggins descende de Miguel Roberto da Motta (fazendeiro nascido em 1814), possivelmente através de sua filha Anália Ribeiro (nascida em 1870).

— Esperamos que os descendentes dessas linhagens conheçam uma mulher desaparecida nessa época que corresponda à descrição. Se alguém dessas linhagens e com origens semelhantes tiver feito um teste de DNA, pedimos que considere enviar os resultados para o GEDmatch, um serviço gratuito, para comparação com a senhorita Wiggins — afirma Davies. — Os investigadores estão esperançosos de que, com a cobertura da mídia no Brasil, a história seja amplamente compartilhada, despertando interesse, e que um membro da família ou amigo se lembre dela.

Os policiais e o laboratório estudam ainda tentar, através de um pedido colaboração, ajuda da polícia brasileira em busca de evidências que levem à identidade da mulher misteriosa.

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