Ministério da Justiça nomeia novo diretor da Penitenciária Federal de Mossoró; saiba quem é

Ordakowski vai assumir a unidade prisional de segurança máxima após a recaptura de Rogério da Silva Mendonça e Deibson Cabral Nascimento — que escaparam de Mossoró em 14 de fevereiro e foram presos na semana passada. Esta foi a primeira fuga registrada na história do Sistema Penitenciário Federal (SPF).

Servidor desde 2009, Ordakowski se formou em direito pela Universidade Federal do Mato Grosso do Sul (UFMS) em 2014. No Departamento Penitenciário Nacional, ele foi agente federal de execução penal na Penintenciária Federal de Campo Grande (MS), onde assumiu o cargo de Chefe de Plantão da unidade em 2016.

Foi um dos membros fundadores do Grupo de Ações Especiais Penitenciárias (GAEP) em 2017, órgão criado pelo então ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, para atuar em intervenções federais em penintenciárias estaduais que estejam passando por crises. O GAEP também atua nas ações especializadas de "altíssimo risco" que envolvam a possibilidade de resgate e fuga de presos.

Após a fundação do grupo, Ordakowski participou da intervenção federal nas penintenciárias de Alcaçuz (RN), em 2017. Na época, a unidade prisional foi palco da rebelião mais violenta da história do Rio Grande do Norte, quando 26 presos morreram — quase todos decapitados — em uma guerra entre facções criminosas. Também atuou na intervenção na Penitenciária Agrícola de Monte Cristo (RR), em 2018 e 2019.

Já em 2021, o novo diretor da penitenciária de Mossoró foi nomeado como Chefe da Divisão de Segurança e Disciplina da Penitenciária Federal em Porto Velho/RO. Ele permaneceu no cargo até maio de 2023, quando se tornou diretor da Penitenciária Federal em Porto Velho/RO.

Presos em Marabá (PA) após 51 dias de fuga, a mais de 1.600 quilômetros da cidade potiguar, Deibson Nascimento e Rogério Mendonça foram levados de volta à unidade de segurança máxima de Mossoró, que conta agora com uma vigilância reforçada contra a dupla.

Os dois estão hoje encarcerados em duas vivências (como são chamados os pavilhões) separadas e têm uma rotina diferente da que levavam antes da fuga. Na útlima terça-feira a dupla tomou seu primeiro banho de sol de 2 horas em horários diferentes, para evitar o contato entre os dois.

Diferente do que ocorreu antes da fuga, agora os policiais penais fazem revistas diárias nas celas da dupla. Para substituir a falta das muralhas, que devem começar a ser construídas até julho, os servidores passaram a fazer escoltas no entorno da unidade. As 124 câmeras, que estavam inoperantes no dia da fuga, também já começaram a ser trocadas.

Antes da fuga, Mendonça e Nascimento estavam em celas contíguas do Regime Disciplinar Diferenciado (RDD), a 01 e a 02, que possuíam um “solarium” — uma pequena área anexa que recebia raios de sol. Segundo as investigações, os dois planejaram a fuga juntos se comunicando por entre as paredes, as quais eles escavaram atrás dos vergalhões.