O empresário do setor de cultura Rodrigo Dib Carvalheira, de 34 anos, foi preso preventivamente nesta quinta-feira por suspeita de estupro de vulnerável, em Recife (PE). De acordo com a Polícia Civil, ele foi detido no bairro de Boa Viagem. Carvalheira já foi secretário de Turismo de São José da Coroa Grande, Litoral Sul de Pernambuco. Em outubro de 2023 ele foi eleito presidente do extinto PTB no estado. O partido se fundiu ao Patriota, formando o PRD.
Carvalheira é dono de um restaurante, e tem convívio com políticos e personalidades da região. A família é conhecida por ser dona de uma produtora de eventos envolvida com festividades de Carnaval.
A denúncia partiu de mulheres do círculo de amizade de Carvalheira. Elas não tiveram os nomes divulgados.
A prisão preventiva do empresário foi decretada pelo Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) e deve ser encaminhado para o Centro de Observação e Triagem Professor Everardo Luna (Cotel), em Abreu e Lima, no Grande Recife.
Ele saiu da delegacia acompanhado da esposa. Abordado por jornalistas, Carvalheira afirmou ser inocente. “Tudo será apresentado. São muito minhas amigas e eu acho incrível que esteja acontecendo isso”, se defendeu.
A advogada de Carvalheira, Graciele Queiroz, afirma que o caso se trata de um “show midiático político”.
"Os fatos narrados são graves, porém baseados unicamente na opinião da autoridade policial e na coleta de depoimentos", afirma.
O mandado de prisão preventiva foi cumprido pela 1ª Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher.
Segundo nota da Polícia Civil de Pernambuco, a 1ª Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher de Santo Amaro deu cumprimento ao mandado de prisão preventiva como parte da investigação de casos de crimes contra mulheres. Ao jornal O Globo, a polícia afirmou que o caso está em segredo de Justiça e não divulgou mais informações.
Nota da defesa
"A defesa técnica do empresário Rodrigo Cavalheira vem a público esclarecer que prisão de Rodrigo causou espanto e estranheza para todos. Os fatos narrados são graves, porém baseados unicamente na opinião da autoridade policial e na coleta de depoimentos.
Rodrigo, ao longo dos últimos meses, se colocou à disposição da autoridade policial para prestar esclarecimentos e colaborar com a polícia. Seu objetivo sempre foi provar sua inocência e esclarecer os fatos confusos. Rodrigo pediu para ser ouvido de forma espontânea na delegacia, mas a delegada que preside o inquérito não aceitou o pedido.
Por meio de nota, a advogada Graciele Queiroz, que defende o empresário, disse que a prisão de Rodrigo "causou espanto e estranheza para todos" e que "os fatos narrados são graves, porém baseados unicamente na opinião da autoridade policial e na coleta de depoimentos"
