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Por — Rio de Janeiro

A cinco meses das eleições municipais, a federação PSOL/Rede Sustentabilidade enfrenta impasses em três capitais para definir os nomes que disputarão as prefeituras. São elas Recife, Belo Horizonte e Porto Alegre.

A situação mais tensa ocorre na capital de Pernambuco, onde os pré-candidatos dos dois partidos trocam acusações. Na sexta-feira passada, o diretório da federação oficializou a deputada estadual Dani Portela (PSOL), líder da oposição à governadora Raquel Lyra (PSDB), como pré-candidata.

Em seguida, a Rede emitiu uma nota afirmando não reconhecer a escolha da deputada como pré-candidata da federação. “O prazo para a realização das convenções partidárias ainda não teve início e, até lá, esse debate ainda seguirá nas instâncias competentes de acordo com as normativas internas”, diz o posicionamento.

Troca de acusações

Pré-candidato da Rede, o deputado federal Túlio Gadêlha afirmou que a definição do nome de Portela agrada o prefeito que irá disputar a reeleição, João Campos (PSB). Quando era vereadora, a psolista integrava a oposição ao PSB, mas as diferenças diminuíram em 2022, quando ambos os partidos apoiaram a eleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Em fevereiro deste ano, Campos foi à sua casa para conhecer seu filho mais novo, Jorge, de três meses, e lhe teceu elogios. Os dois têm em comum a governadora enquanto adversária. Segundo articuladores, para o prefeito seria melhor enfrentar a psolista, que seria menos competitiva.

Neste contexto, Gadêlha disparou contra Portela e afirmou que esta não é a primeira vez que o PSB estaria inviabilizando sua pré-candidatura. Segundo ele, em 2020, a sigla entregou a vice-prefeitura ao PDT, ao qual era filiado à época, para que ele não participasse do pleito.

— Se a avaliação do prefeito está tão boa, não entendo o medo em discutir o Recife conosco. Seguimos firmes com nossa pré-candidatura — disse.

O parlamentar foi convidado para disputar as eleições pelo PDT, seu antigo partido, mas recusou. Segundo dirigentes pedetistas, havia o receio de perder o mandato federal por infidelidade partidária.

Em entrevista ao GLOBO Dani Portela, rebateu as declarações do deputado federal e disse que ele não respeita os processos internos da federação, não se apresentando para reuniões sobre as eleições. A deputada também afirma ser vítima de racismo e machismo.

— A gente precisa entender por que mulheres incomodam o deputado. Eu não vejo melhor exemplo de violência política: ele tenta o tempo inteiro me silenciar, me deslegitimar. Isso é machismo, isso é racismo. Queria saber se ele agiria assim com um candidato homem.

Indefinições

O pano de fundo desse cabo de guerra é um racha dentro da própria Rede Sustentabilidade entre a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, e a ex-senadora Heloísa Helena. Aliado de Marina, Gadêlha não tem o aval de Heloísa, que é a porta-voz nacional e defende que o PSOL decida, por ter a maioria no colegiado interno.

Este cenário de conflitos entre alas se repete em Belo Horizonte, onde a Rede tem duas pré-candidaturas lançadas. Do lado de Heloisa, o porta-voz da legenda e ex-vice-prefeito, Paulo Lamac e de Marina, a deputada estadual Ana Paula Siqueira. Há ainda um impasse em torno da pré-candidatura da deputada estadual Bella Gonçalves (PSOL), que já dá como certa sua presença no pleito.

Já em Porto Alegre, o ex-vereador Marcelo Sgarbossa (Rede) se coloca na disputa. Inicialmente, a deputada estadual Luciana Genro (PSOL) havia se lançado, mas retirou sua pré candidatura para apoiar a deputada federal Maria do Rosário (PT). Neste contexto, o PSOL indicou Tamyres Filgueira como vice na chapa.

A ideia de não ter candidato próprio incomoda setores da Rede, que visam melhorar o desempenho eleitoral da sigla, que não atingiu a cláusula de barreira em 2022.

Rachas entre os dois partidos

  • Recife: o diretório da federação oficializou a pré-candidatura da deputada estadual Dani Portela (PSOL), mas o deputado federal Túlio Gadêlha (Rede) quer concorrer à prefeitura. A disputa reflete um racha dentro da Rede. Gadêlha é aliado da ministra Marina Silva (Meio Ambiente) e não tem apoio da ex-senadora Heloísa Helena, porta-voz nacional da sigla.
  • Belo Horizonte: na capital mineira a Rede tem duas pré-candidaturas lançadas para o comando da cidade. O porta-voz da legenda e ex-vice-prefeito, Paulo Lamac, que tem o apoio de Heloísa Helena. Já Marina Silva defende o nome da deputada estadual Ana Paula Siqueira. Há ainda uma pré-candidatura do PSOL: a deputada estadual Bella Gonçalves (PSOL).
  • Porto Alegre: a deputada estadual Luciana Genro (PSOL) havia se lançado, mas retirou sua pré candidatura para apoiar a deputada federal Maria do Rosário (PT). Pela Rede, o ex-vereador Marcelo Sgarbossa se coloca na disputa. A sigla quer ter candidatura própria para tentar melhorar seu desempenho eleitoral, depois de não atingir a cláusula de barreira em 2022.

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