Brasil
PUBLICIDADE
Por — São Paulo

Os dois criminosos mortos nesta segunda-feira, em uma penitenciária de Presidente Venceslau (SP), foram apontados pela Polícia Federal como integrantes da "restrita", uma célula da facção Primeiro Comando da Capital (PCC) que opera como um centro de inteligência do grupo criminoso e é responsável por ações contra agentes públicos.

Janeferson Aparecido Mariano Gomes, conhecido como “Nefo”, e Reginaldo Oliveira de Sousa, o “Rê”, foram assassinados a facadas na tarde desta segunda-feira. Três presidiários assumiram a autoria dos homicídios e foram isolados na unidade, segundo a Secretaria de Administração Penitenciária (SAP). Um quarto suspeito é investigado pela Polícia Civil. Ainda segundo a pasta, a Polícia Civil está periciando o local e foi instaurado um procedimento apuratório para esclarecer as circunstâncias das mortes.

Nefo e Rê estavam presos desde março do ano passado, quando foi deflagrada a Operação Sequaz pela Polícia Federal. A dupla teria planejado o sequestro e a posterior execução do senador Sergio Moro (União-PR) no período das eleições de 2022. Para isso, o PCC gastou quase R$ 3 milhões no plano que envolvia o aluguel de imóveis em Curitiba, onde Moro atuava, e o monitoramento das atividades do ex-juiz e de sua família ao longo de pelo menos seis meses. Além do ex-juiz da Lava-Jato, o promotor Lincoln Gakiya (do Gaeco) também era alvo de um plano da facção criminosa.

Nefo foi apontado pelos investigadores como o chefe do grupo “restrita 05”, responsável pelo planejamento e execução do atentado contra Moro. Os investigadores destacaram no pedido de prisão de Janeferson que o suspeito desfrutava de bens caros, o que “só ocorre com os integrantes do topo da pirâmide” da facção criminosa.

Foi a partir de mensagens enviadas por Janeferson que os investigadores descobriram o uso dos códigos “Flamengo”, usado para “sequestro”, e “Tokio”, atribuído a Sergio Moro.

Ainda segundo os investigadores, o PCC pretendia atacar Moro como um gesto de vingança uma vez que o agora senador assinou, quando era ministro da Justiça, uma portaria que restringiu as visitas a presos em presídios federais.

Já Reginaldo Oliveira de Sousa, o "Rê", era "conhecido por ações violentas" e também integrava a chamada "área restrita" do PCC. Ele seria um dos responsáveis pelo financiamento da ação contra Moro.

Reginaldo possuía antecedentes por roubo e tráfico de drogas. Em uma das vezes que foi preso, em agosto de 2003, estava em um carro roubado onde uma granada foi encontrada. Na época, ele foi apontado como um dos que atacaram três soldados da PM, em Taboão da Serra, nos dias anteriores, com artefatos explosivos.

Mais recente Próxima Membros do PCC acusados de planejar sequestro de Sergio Moro são assassinados em cadeia de SP

Inscreva-se na Newsletter: Jogo Político

Mais do Globo

Gisèle Pelicot foi vítima de abusos de mais de 70 homens entre 2011 e 2020, segundo a acusação

Francesa dopada pelo marido para que estranhos a estuprassem consegue o divórcio após 50 anos

Especialistas preveem que regras sejam publicadas ainda este ano. Confira o que está para sair

Depois do CNU: Banco do Brasil, Correios e INSS, veja os concursos com edital previsto

Em 2016, com recessão e Lava-Jato, rombo chegou a R$ 155,9 bilhões. Pressão política para investir em infraestrutura preocupa analistas, que defendem regras de gestão mais rígidas

Fundos de pensão de estatais ainda têm déficit de R$ 34,8 bi e acendem alerta sobre ingerência política

Ministro das Relações Exteriores da Espanha, José Manuel Albares, afirmou que Madri atendeu a um pedido de González ao conceder asilo e disse que portas estão abertas para outros opositores

Espanha não ofereceu 'contrapartida' a Maduro para retirar González Urrutia de Caracas, diz chanceler da Espanha

Dispositivos finalmente ganharão atualizações relevantes, depois de dois anos sem novidades

Além do iPhone 16: veja os novos Apple Watch e AirPods que serão lançados hoje

Suspeito do crime, Tiago Ribeiro do Espírito Santo foi preso momentos depois e autuado por feminicídio

Garota de programa é morta estrangulada em hotel no Centro do Rio

Fazendeiro receberá compensação anual de R$ 54 mil, pois a aeronave impede o plantio de grãos no terreno

Empresa aérea começa a desmontar avião preso em campo de trigo na Sibéria um ano após pouso de emergência

Gorki Starlin Oliveira conta como uma estratégia de aquisições garantiu a sobrevivência de sua empresa em meio ao colapso das grandes redes de livrarias do Brasil

‘Compramos editoras para brigar por prateleira’, diz CEO da Alta Books