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GERADO EM: 30/07/2024 - 12:18

Motorista de Porsche amarela persegue família em disputa judicial.

Motorista de Porsche amarela envolvido em acidente fatal teria perseguido família por disputa judicial. Igor Saucedo, sócio do bar Beco do Espeto, é acusado de ameaçar com mesmo carro do acidente. Caso em São Paulo está sob investigação.

Igor Sauceda, motorista de 27 anos investigado por atropelar e matar um motociclista no início da semana, é acusado de ter usado o mesmo Porsche amarelo do acidente para perseguir e ameaçar uma família. A reportagem entrou em contato com a defesa de Sauceda e aguarda uma posição.

O caso ocorreu no dia 26 de julho, sexta-feira passada, e envolve uma disputa societária de mais de R$1,4 milhão pelo Beco do Espeto, bar localizado no Itaim Bibi, Zona Sul de São Paulo, onde o empresário é um dos sócios.

Vídeo mostra o momento que um carro similar ao de Igor aparece na frente do veículo da família de Erinaldo Joaquim dos Santos. Corre na Justiça um processo que pede o reconhecimento societário de Santos e o sócio Camenon de Jesus perante o Beco do Espeto.

— O meu pai era sócio do pai do Igor, mas estamos com ação na Justiça porque ele nunca nos prestou conta de nada. Desde então, a gente vem sofrendo ameaça de morte. O Igor, o pai dele e o irmão nos ameaçaram, falando que iam mandar pessoas matar minha família toda ou que eles mesmo iriam matar a gente, tudo isso por conta de uma sociedade — disse Beatriz Silva dos Santos ao GLOBO, filha de Erinaldo Joaquim dos Santos, ex-sócio dos Sauceda.

Família acusa Igor Sauceda, que atropelou e matou motociclista na Zona Sul, de perseguição

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Segundo a defesa de Jesus e Santos, a família Sauceda passou a ameaçar de morte a dupla após o início da disputa judicial, que envolve o surgimento e o sucesso do bar, que reúne centenas de pessoas nos finais de semana em uma área nobre localizada próxima ao cruzamento da Avenida Presidente Juscelino Kubitschek com a Brigadeiro Faria Lima.

— Fizemos uma representação para que o caso se torne um processo judicial por ameaça. A família do Igor estava cometendo atos de ameaças contra os meus clientes. Já havia um boletim de ocorrência, registrado em junho, também de ameaça do Fernando (Sauceda, pai de Igor) contra os meus clientes — diz o advogado Daniel Biral. Sauceda pai e filho teriam agredido um dos filhos de Erinaldo em 2021, em um caso que foi registrado por meio de um boletim de ocorrência.

Entenda a cronologia da disputa societária:

O Beco do Espeto

A estreita Rua Soares de Barros, onde fica o bar atualmente, não tinha até 2014 empreendimentos boêmios. Hoje, a via é cheia de bares. Erinaldo Joaquim dos Santos e Camenon de Jesus, segundo a defesa da dupla, começaram a alugar terrenos naquela rua para serem usados de estacionamento, em meados de 2006.

Em 2015 Fernando Saucedo e Isael da Silva, que até então eram manobristas de Erinaldo e Camenon, teriam pedido para os patrões para iniciarem a venda de espetinhos e de cerveja em uma área do estacionamento, com uma divisão de lucros. Começaram ali o Beco do Espeto. O empreendimento foi tendo sucesso e passando por diversas ampliações.

— Eles fizeram um acordo "no fio do bigode". Era 50% para o Saucedo e o Isael e 50% para o Camenon e o Erinaldo. O contrato de locação do terreno estava no nome dos meus clientes, até 2018, quando os outros dois passaram a locação para o nome deles, mas dizendo que seguiriam com essa divisão societária — diz o advogado Daniel Biral.

Segundo Biral, a sociedade nunca chegou a ser formalizada. Desentendimentos entre os sócios, no entanto, começaram em 2021, supostamente motivados pela abertura do endereço durante a pandemia e também por suspeitas de que os lucros não estariam sendo corretamente divididos.

— E em 2021, nesse contexto, o filho do Erinaldo apanha do Igor e do Fernando — diz Biral, sobre o boletim de ocorrência por agressão.

Em 2022 os repasses para Erinaldo e Camenon teriam cessado. Os valores mensais para a dupla variavam entre R$4 mil e R$17 mil para cada um, segundo a defesa. O processo judicial, que pede reconhecimento societário de Erinaldo e Camenon perante o Beco do Espeto e demais negócios relacionados ao grupo, foi aberto em 2023.

Os dois pedem também cerca de R$1,4 milhão pelos lucros que teriam deixado de receber depois que deixaram de receber os repasses. Depois do início da briga judicial, eles acusam Saucedo e o filho, Igor, de praticarem ameaças contra as famílias da dupla. Erinaldo e a esposa abriram um bar na mesma região, em 2022.

— As ameaças começaram a ser mais ostensivas. Eles passavam gritando e ameaçado (na frente do bar de Erinaldo). E teve o que aconteceu na sexta-feira passada, com o Igor acelerando o carro (o Porsche amarelo), perseguindo eles (Erinaldo e família), jogando o carro contra eles — finaliza Biral.

Motorista preso

O motociclista Pedro Kaique Figueiredo, de 21 anos de idade, foi atropelado pelo carro de Sauceda na Avenida Interlagos, Zona Sul da cidade, e chegou a ser levado para um hospital após a batida, mas não resistiu. O caso inicialmente foi registrado como homicídio culposo, quando não há intenção de matar mas, depois, foi convertido em homicídio doloso, quando o autor assume o risco de matar.

Igor Sauceda, após a batida, permaneceu no local e foi levado para a delegacia durante a madrugada para o registro do caso. Foi realizado exame de bafômetro e não foi constatado o consumo de álcool pelo motorista.

Pedro teria quebrado o retrovisor do carro de Igor, o que deu início a um desentendimento. A defesa do motociclista afirmou para O GLOBO que, durante a noite, o rapaz trabalhava como entregador de comida e, naquele momento, retornava da jornada de trabalho para casa. Durante o dia, o rapaz ajudava o pai dirigindo uma van de transporte escolar.

Na visão da família do motociclista, o atropelamento foi intencional. Imagens de câmeras de segurança mostram o momento em que o Porsche colide contra a motocicleta. A defesa de Igor Sauceda, no entanto, refuta a tese.

— Ele foi atrás do motoboy buzinando, para saber se ele ia parar para ver o que aconteceu (a batida no retrovisor da Porsche). O motoboy fez uma cursa e houve a colisão, o meu cliente tentou desviar. Iremos comprovar isso com a perícia — diz o advogado Carlos Bombadilla.

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