Brasil

Pela 1ª vez desde maio, média móvel de mortes por Covid-19 completa 10 dias abaixo de 700, diz boletim da imprensa

País registra 664 novos óbitos nas ultimas 24 horas e chega a 145.431 vidas perdidas pela Covid-19
Praia da Macumba, no Rio, teve pagode em meio à pandemia Foto: RICARDO MORAES/REUTERS / RICARDO MORAES/REUTERS
Praia da Macumba, no Rio, teve pagode em meio à pandemia Foto: RICARDO MORAES/REUTERS / RICARDO MORAES/REUTERS

RIO — O Brasil registrou 33.002 novos casos e 664 mortes pela pandemia do coronavírus nas últimas 24 horas, segundo boletim do consórcio de veículos de imprensa. A média móvel de óbitos, também medida pelo levantamento, foi de 675.

Esse é o décimo dia seguido que a média móvel fica abaixo de 700, o que não acontecia desde o início de maio, quando o número de casos e óbitos estava em franca ascenção.

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Com o novo balanço, encerrado às 20h, o país chega a 4.882.231 ocorrências e 145.431 mortes por Covid-19 desde o primeiro caso da pandemia em território nacional, em fevereiro.

A variação da média móvel nesta sexta-feira foi de -11%, o que configura que ela está estável (este retrato é visto quando seu registro fica entre -15% e +15%)

O consórcio de veículos de imprensa é formado por O GLOBO, Extra, G1, Folha de S.Paulo, UOL e O Estado de S. Paulo e reúne informações divulgadas pelas secretarias estaduais de Saúde.

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Três estados registram tendência de aumento da média móvel de óbitos: Amazonas, Ceará e Roraima. Em 11, além do Distrito Federal, aponta-se tendência de queda: Mato Grosso, Paraíba, Pará, Paraná,  Piauí, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Rondônia, São Paulo e Tocantins.

Treze unidades federativas apresentam tendência estável na média móvel de mortes: Acre, Alagoas,  Amapá, Bahia, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso do Sul,  Maranhão, Minas Gerais, Rio Grande do Norte, Pernambuco,Santa Catarina e Sergipe.

Cai ritmo de testes

Dados divulgados pelo Ministério da Saúde apontam que o ritmo de processamento de exames da Covid-19 na rede pública no Brasil caiu 10% no último mês . Após uma escalada, a média atingiu o pico de 34.439 testes moleculares (tipo PCR) realizados por dia em agosto. Em setembro, até o dia 26, esse índice diminuiu para 31.020.

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No total, foram processados 3,9 milhões de testes PCR, tipo adequado para fazer diagnóstico, desde o início da pandemia na rede pública. O número ainda está longe do plano anunciado em maio pelo governo federal, de chegar a 24,6 milhões de exames moleculares.

Mortes em queda

Findo o mês de setembro, o número mensal de mortos por Covid-19 caiu pela segunda vez no Brasil, desta vez numa queda percentual (-23%) de quase o dobro da queda registrada um mês antes (-12%). Os números reforçam tendência de desaceleração da epidemia no país.

A maior parte da redução foi puxada por São Paulo, por representar uma fatia grande em números absolutos, e por Minas Gerais e Bahia, que tiveram reduções acentuadas de um mês para o outro.

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Apenas dois estados registraram alta na comparação entre agosto e setembro. Um deles foi Goiás, que ainda está no auge do pico da doença, e o outro foi o Amazonas, onde parece despontar uma segunda onda.

Outros estados que têm grande número acumulado de mortos, como Rio de Janeiro e Ceará, tiveram picos de morte há mais de três meses, estão relativamente estáveis e não contribuíram tanto para a redução entre agosto e setembro.