Política

Polícia apura ligação de 'Gatinha da Cracolândia' com facção paulista

Segundo delegado, todos os investigados da Operação Caronte são implicados com o crime organizado
Lorraine Bauer foi presa em Barueri quando estava na casa do namorado Foto: Reprodução
Lorraine Bauer foi presa em Barueri quando estava na casa do namorado Foto: Reprodução

RIO — A Polícia Civil de São Paulo investiga a ligação de Lorraine Cutier Bauer Romeiro, conhecida como "Gatinha da Cracolândia", de 19 anos, com uma facção paulista. Segundo o delegado Severino Pereira de Vasconcelos, do 77º Distrito Policial, todos os presos na Operação Caronte, que há quatro meses investiga o tráfico nas tendas da cracolândia, são implicados com o crime organizado:

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— Motivo pelo qual o IP (inquérito policial) está na Vara Especializada de Combate à Lavagem de Dinheiro e Crime Organizado.

Lorraine foi presa em Barueri, na última quinta-feira. Ela estava em casa, em um condomínio fechado onde, de acordo com a polícia, foram encontradas centenas de porções de crack, cocaína, maconha e ecstasy. A jovem estava em liberdade provisória e domiciliar para ficar com a filha recém-nascida. Contra ela havia um mandado de prisão em aberto. Na sexta-feira, a Justiça converteu a prisão temporária de Lorraine em preventiva.

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De acordo com as investigações, Lorraine lucrava, em média, R$ 6 mil por dia com tráfico de drogas na região central de São Paulo. Ela pegava um quilo por cerca de R$ 21 mil o vendia por até R$ 35 mil. Ainda segundo a Polícia Civil, Lorraine era uma das chefes do tráfico na cracolândia. Para não chamar a atenção no local, ela usaria roupas escuras e um chapéu ou um capuz.

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Com equipes infiltradas, a polícia conseguiu imagens de Lorraine numa tenda que, segundo os investigadores, é onde a droga é oferecida. O entorpecente, ainda de acordo com a polícia, fica escondido em hotéis perto da Cracolândia.

Nas redes sociais, a jovem ostentava uma vida de luxo. Desde sua prisão, Lorraine ganhou mais de 20 mil seguidores no Instagram. O irmão dela, Lorruam Bauer, usou o seu perfil para dizer que a jovem se envolveu com "pessoas erradas", mas negou que as viagens exibidas em suas redes sociais fossem bancadas com dinheiro do tráfico.

A reportagem não localizou a defesa de Lorraine até esta publicação. O espaço segue aberto a manifestação.