O Metrô de São Paulo busca, na Justiça, indenização de R$ 7,1 milhões ao Sindicato dos Metroviários pela greve realizada no dia três de outubro, quando o serviço foi paralisado durante 24 horas. A ação civil indenizatória alega que os valores são decorrentes de danos materiais, com falta de arrecadação gerada pela greve.
O Metrô alega que houve descumprimento, por parte do Sindicato, da liminar da Justiça que determinava o funcionamento de todas as linhas do efetivo durante horário de pico. Ao valor, poderão ser acrescidos também danos morais, a serem arbitrados pelo juiz responsável pelo caso.
"Tais prejuízos foram decorrentes da conduta empreendida pelo Sindicato no último dia 3, em que descumpriu ordem judicial e deixou a população de São Paulo totalmente sem transporte Metroviário por 24 horas. O Sindicato terá 30 (trinta) dias para se defender perante a Justiça", cita nota do Metrô.
A greve, que aconteceu em conjunto com sindicato da CPTM e da Sabesp, era contra os projetos de privatização da gestão Tarcísio de Freitas.
Metroviários contestam ação
Essa não é a primeira vez que o governo estadual busca, na Justiça, indenização para uma greve dos metroviários. Uma ação parecida, referente a paralisação de 2021, pede R$ 3,8 milhões de indenização por paralisação feita em 2021.
Em publicação X (antigo Twitter), o Sindicato dos Metroviários informou que não foi notificado oficialmente sobre o tema. "Trata-se de ato antissindical, que atenta contra o direito democrático de greve, previsto na Constituição do nosso país", diz a publicação.
O Sindicato acusa a ação civil de ser uma "prática de má fé" e cita que já há um processo sobre a greve na justiça trabalhista. Alega também que trata-se de uma paralisação por direitos trabalhistas e que "empregos ficam extremamente ameaçados" com as privatizações.