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Por — São Paulo

As chuvas que atingem a Região Metropolitana de São Paulo há três dias seguidos já causaram a queda de mais de 400 árvores, segundo o Corpo de Bombeiros, ao menos 26 alagamentos e enchentes, além de deixarem milhares de pessoas sem luz. Nesta quinta, a previsão é de um novo temporal, e ainda há pessoas sem luz em toda a capital e cidades vizinhas, o que fez o prefeito Ricardo Nunes (MDB) voltar a cobrar publicamente a concessionária Enel. Uma pessoa morreu eletrocutada na Zona Sul da capital na terça, após seu carro ser atingido por um fio eletrizado.

A Defesa Civil do município informou que realizou um total de 328 atendimentos na capital entre segunda e a manhã desta quinta-feira (11), sendo 309 quedas de árvores (a maior parte na Zona Sul), além de 16 desabamentos e três deslizamentos.

Segundo a Enel, 60% dos clientes que ficaram sem luz na quarta-feira (10) já tiveram o serviço restabelecido, mas a empresa não informa quantas residências foram afetadas. Alguns bairros enfrentam um vai-vem na energia elétrica desde segunda. A concessionária afirmou que “segue com reforço das equipes emergenciais em campo para restabelecer o fornecimento” e que “o número de atendimentos segue dentro de um padrão normal de operação da distribuidora em dias de chuvas”.

No Jardim Paulista, por exemplo, a Rua Henrique Martins teve o serviço interrompido por volta das 15h da segunda-feira, e a luz só voltou por volta do meio dia de . A alegria, porém, durou pouco: a nova chuva que caiu sobre a cidade na terça causou quedas de novas árvores sobre a rede elétrica, o serviço foi interrompido de novo e só voltou na tarde da última quarta. No Brooklin, na Zona Sul, moradores relataram que há algumas ruas sem luz quase ininterruptamente desde segunda.

As chuvas, com ventos de até 96 quilômetros por hora na terça, causaram acidentes como o desabamento de uma estrutura metálica na marquise do Parque do Ibirapuera, na segunda. Quatro pessoas ficaram feridas e foram encaminhadas ao Hospital Albert Einstein. Na terça, um homem morreu em frente ao Hospital do Servidor Público Estadual, na Zona Sul, após seu carro ser atingido por um fio elétrico. Ele não esperou o socorro dos bombeiros e saiu do carro, quando imediatamente entrou em contato com a parte metalizada do veículo e morreu.

Com temporais diários, há locais em que árvores caíram há dias e ainda não foram removidas. É o caso de uma árvore caída na Avenida 23 de Maio, na Vila Mariana, na altura do Viaduto Tutoia: os galhos foram movidas para a calçada para não atrapalhar o trânsito, mas a árvore seguia lá na manhã desta quinta.

Hoje, a previsão é a mesma dos outros dias: manhã e tarde ensolarada, com máxima de 31°C, e no fim da tarde e início da noite, chuva forte. Segundo o Centro de Gerenciamento de Emergências Climáticas de São Paulo (CGE-SP), “há potencial para formação de alagamentos e rajadas de vento”. A recomendação é não sair durante os temporais, não ficar embaixo de árvores e da rede elétrica e procurar edificações seguras para se abrigar.

Em 11 dias, a cidade acumulou 72,6 milímetros de chuva, o que representa 28,3% dos 256,5 milímetros esperados para o mês. Na sexta e sábado, a previsão também é de chuva.

Prefeito sobe o tom

Nesta quarta, Ricardo Nunes chamou a Enel de "irresponsável" e disse que ela "tem que sair da cidade de São Paulo", reforçando as críticas que vem tecendo contra a concessionária desde novembro, quando um apagão deixou paulistanos até seis dias sem energia elétrica.

— O presidente mundial da Enel me pediu uma reunião na semana passada. Estou resistindo a fazer, porque não tem mais o que conversar com essa turma. São irresponsáveis — declarou o prefeito durante posse dos 260 novos Conselheiros Tutelares do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente. — Tem que acabar, essa empresa precisa sair daqui. Quando a prefeitura ganhou a primeira ação contra a Enel na Justiça, no começo de novembro, ficou determinado que a empresa de energia deveria apresentar um plano de contingência e cumprir ele. E eles não cumpriram — acrescentou o emedebista. A prefeitura rechaçou um plano de contingência que foi apresentado pela concessionária à Justiça, e pediu a apresentação de um novo. Ainda não houve decisão.

Em novembro, o prefeito pediu à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) a rescisão do contrato com a Enel na cidade de São Paulo, já que se trata de uma concessão federal.

A empresa tem argumentado que os fortes ventos, que fazem com que árvores caiam na rede elétrica, é a principal causa dos problemas. Por outro lado, a prefeitura não faz um trabalho preventivo em larga escala de análise do estado das árvores na capital com a ajuda de tecnologias como tomógrafos e penetrógrafos, o que poderia diminuir as ocorrências de quedas, segundo especialista.

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