A Polícia Federal deflagrou na manhã desta quinta-feira (11) a Operação “Fictus” para desarticular um esquema criminoso de imigração ilegal de brasileiros para os Estados Unidos. O grupo era responsável por falsificar documentos que garantiam a entrada das pessoas no país.
Segundo as investigações, estima-se que a organização criminosa tenha remetido ao exterior ao menos 115 pessoas, incluindo crianças e adolescentes. O esquema ilegal lucrou mais de R$ 11,5 milhões. O dinheiro era utilizado para manter uma vida de luxo pelos criminosos.
Foram cumpridos oito mandados de busca e apreensão, expedidos pela Subseção Judiciária de Ipatinga (MG), nas residências e endereço comercial dos envolvidos que ficam nas cidades de Belo Horizonte (MG), Ipatinga (MG) e Sardoá (MG).
![Operação da PF em Minas Gerais mira criminosos responsável por imigrações ilegais para os EUA — Foto: Divulgação](https://s2-oglobo.glbimg.com/wHpn9Yv4fbrebMaCRUyGWOONMsA=/0x339:960x937/984x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2024/L/b/VWalB1QXWRgv2jRknl2g/whatsapp-image-2024-04-11-at-08.52.46.jpeg)
Um dos alvos da investigação é conhecido pelos órgãos de segurança pública como um dos principais responsáveis pelo crime de facilitar a migração ilegal do Vale do Aço. Na operação foram sequestrados imóveis e veículos de luxo, dispositivos eletrônicos, joias, munição, documentos e valores em espécie.
A suspeita é que a organização criminosa tenha utilizado a falsificação de documentos com o objetivo de formar famílias, facilitando assim a imigração ilegal. O dinheiro proveniente da atividade criminosa era investido em estabelecimentos comerciais na cidade de Ipatinga e em bens registrados muitas vezes em nomes de interpostas pessoas.
Os investigados deverão responder pelos crimes de falsificação de documentos, promoção de migração ilegal e associação criminosa, cujas penas máximas somadas ultrapassam oito anos de reclusão.