Política

Sobreviventes de massacre: Sem demarcação, terra indígena dos 'últimos isolados Piripkura' tem desmatamento recorde

Alvo de madeireiros, território aguarda regularização há 40 anos e já perdeu 5% da floresta original
Os sobreviventes Pakuí e Tamanduá em cena do documentário que conta como a tribi deles foi dizimada Foto: Reprodução
Os sobreviventes Pakuí e Tamanduá em cena do documentário que conta como a tribi deles foi dizimada Foto: Reprodução

RIO - A Terra Indígena Piripkura, em Mato Grosso, considerada a porta de entrada da Amazônia Legal, tornou-se em apenas cinco meses o território mais devastado entre as áreas com a presença de povos isolados. Ela é muito cobiçada por madeireiros.

Dos 962 hectares de floresta desmatados por grileiros no ano passado, 919 foram destruídos entre agosto e dezembro. A extensão, que equivale a quase mil campos de futebol, ocorre dentro de um espaço legalmente definido pelo governo federal e identificado pela Fundação Nacional do Índio (Funai), desde 1985, como de uso restrito para não índios — portanto, deveria estar intacto. A área total é de 243 mil hectares.

Em janeiro, mês de chuva e teoricamente de maior dificuldade para ação dos invasores, a motosserra não cessou, e a floresta de Piripkura teve outros 375 hectares devastados, 90% de todo o desmatamento verificado entre os 15 territórios com índios isolados monitorados pelo Instituto Socioambiental (ISA).

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