O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta quinta-feira que o governo avalia a possibilidade de criar um benefício semelhante ao auxílio emergencial para moradores no Rio Grande do Sul afetados pelas chuvas no estado. O auxílio emergencial, de inicialmente R$ 600, foi criado durante a pandemia de Covid-19 e extinto no fim de 2021.
Segundo Haddad, a proposta será discutida na semana que vem. O anúncio da decisão ficará para terça-feira.
— Isso vai ficar para semana que vem, que é o que o presidente pediu (análise de algum benefício semelhante ao auxílio emergencial durante a pandemia). Na segunda temos que preparar os atos sobre o estado e na sequência faremos esse anúncio depois das equipes técnicas se entenderem sobre o formato do programa e submeterem ao presidente — disse o ministro, em entrevista, quando questionado sobre o assunto.
Lançado em 2020 para atenuar os impactos econômicos provocados pela pandemia de Covid-19, o auxílio emergencial contemplava parcelas mensais de R$ 600. O benefício se encerraria em junho de 2021, mas foi prorrogado até o fim do ano, com parcelas que variavam entre R$ 150 a R$ 375 a depender da composição de cada família.
Haddad também afirmou hoje que governo anunciará nesta quinta-feira uma proposta de facilitação do acesso a crédito para as famílias, empresas e pequenos produtores afetados pelas enchentes.
Após estabilidade nos últimos boletins, número de mortos por enchentes no Rio Grande do Sul volta a subir na manhã desta quinta-feira, chegando a 151, de acordo com o último balanço divulgado pela Defesa Civil do estado.
O registro de desaparecidos, por outro lado, recuou para 104 nesta manhã, números que não sofreram alterações no balanço seguinte, divulgado às 12h.
Moradores de Caxias do Sul, na serra gaúcha, sentiram tremores de terra na madrugada desta segunda-feira (13).
Cerca de 80% dos municípios gaúchos foram afetados, e 336 cidades estão em estado de calamidade, no que é considerado o pior desastre ambiental da história do estado.
Outra medida que está sendo discutida no governo é a suspenção do pagamento da dívida do Rio Grande do Sul com a União. No entanto, ainda não foi definido um prazo para sua implementação.
— Nós devemos anunciar na segunda-feira (projeto sobre a dívida), eu já falei ontem com o governador Eduardo Leite, tem alguns detalhes importantes que são mais formais, então a discussão não é volume de recursos, nós vamos fazer o que for necessário — declarou Haddad, também nesta quinta-feira.
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Os temporais, que começaram em 27 de abril, ganharam força no dia 29 e já afetaram mais de 873 mil pessoas em território gaúcho, de acordo com o último boletim da Defesa Civil.
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