O novo álbum visual de Beyoncé, uma celebração da cultura negra, foi divulgado na sexta-feira (31) em meio ao debate global sobre raça e justiça social gerado pelo assassinato de George Floyd, homem negro morto por sufocamento por um policial branco de Minneapolis. "Black Is king" reimagina o enredo de "O rei leão" e pretende "mudar a percepção global da palavra preto", disse a cantora.
O trabalho no álbum, que inclui vídeos que celebram a busca pela identidade e a beleza negras na contemporaneidade, começou há um ano. A revista americana "Variety" chamou o álbum de "um lembrança do poder e da glória dos negros, não apenas nos Estados Unidos mas ainda mais na África".
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A hashtag #BlackisKing foi um dos tópicos mais comentados do Twitter durante toda a sexta-feira. "Somos gratos a Beyoncé por essa celebração da experiência negra", tuitou o site Essence.com, especializado em cultura negra. O jornal britânico "Guardian" chamou o trabalho de "a canção de amor de Beyoncé para a diáspora" e elogiou a participação de artistas africanos como Yemi Alade, Lord Afrixana e Shatta Wale. A atriz Lupita Nyong'o, o músico Pharrell Williams e a supermodelo Naomi Campbell estão entre as celebridades que aparecem no vídeo.
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Em um post no Instagram, Beyoncé escreveu que os pedidos recentes por mudança social tornaram o álbum ainda mais relevante do que ela pensava quando estava envolvida na produção.
"Eu acredito que quando pessoas negras contam as nossas histórias, podemos mudar o eixo do mundo e contar a nossa História REAL de riqueza da alma que não é contada pelos livros", escreveu a cantora.
"Black is King" foi lançado somente na plataforma de streaming Disney +, ainda não disponível no Brasil. O clipe da canção "Already", parte do álbum, está no canal da cantora no Youtube. Assista abaixo: