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Os primeiros registros de pessoas que ganhavam a vida intermediando vendas e locações datam do Brasil Colônia. Nas primeiras décadas do século XX, esse profissional passou a ser oficialmente chamado de agente imobiliário. Em 1937, surgiu o primeiro sindicato da categoria no Rio de Janeiro e, cinco anos depois, o Ministério do Trabalho reconheceu a profissão de corretor de imóveis. Porém, somente em 27 de agosto de 1962, a profissão foi regulamentada pelo Decreto Lei nº 4.116 e criados os conselhos Federal (Cofeci) e Regionais (Creci).

Até hoje, a data é celebrada como o Dia do Corretor. O Creci-RJ tem atualmente cem mil corretores de imóveis registrados, dos quais 56,5 mil são profissionais ativos. Nos últimos anos, com a velocidade das inovações tecnológicas e a pandemia do coronavírus, os 36.289 homens e as 19.108 mulheres que se dedicam ao mercado imobiliário no Rio de Janeiro precisaram de muito jogo de cintura para continuar atuando na profissão.

O presidente do CreciRJ, Marcelo Moura, divide as principais mudanças vividas pela categoria em duas vertentes: uso da tecnologia e formação profissional. Ele lembra que há um vasto emprego das inovações tecnológicas e das plataformas digitais, como o uso dos aplicativos móveis, e ferramentas como WhatsApp e mídias sociais adotadas massivamente.

— Do ponto de vista profissional, o nível cultural dos corretores de imóveis hoje é bem mais elevado, já que o mercado valoriza quem está habilitado a dar segurança jurídica aos negócios imobiliários — diz.

Os números do Creci-RJ indicam que a maioria dos corretores que atuam no mercado fluminense tem mais de 59 anos (49%). Em seguida, estão os profissionais de 39 a 43 anos (11%); 49 a 53 anos (10%); 54 a 58 anos (10%); 44 a 48 anos (8%); 34 a 38 anos (6%); 29 a 33 anos (4%); 24 a 28 anos (2%). Em termos geográficos, 66% trabalham na Região Metropolitana, o mercado mais disputado.

RENOVAÇÃO

Apesar de as estatísticas apontarem uma faixa etária mais elevada entre os corretores, a CEO da ON Brokers, Nayara Técia, afirma que a profissão vem se renovando. Ela conta que quando chegou ao Rio, em 2010, sonhava em ser atriz, mas, sem conseguir se firmar na carreira artística, acabou descobrindo a corretagem de imóveis — e adorou esse novo papel.

— Quando comecei, o mercado estava muito aquecido. Depois, veio a crise pós-ciclo olímpico e a pandemia, e precisamos nos reinventar da noite para o dia, já que o trabalho era muito centrado nas visitas físicas. Hoje a profissão está cada vez mais valorizada. E é um ofício que ajuda as pessoas a realizarem o sonho da casa própria — diz ela, que comanda 50 corretores.

CEO na Patrimóvel Consultoria Imobiliária, Vitor Moura observa que as mudanças na corretagem tornaram o processo de venda e locação mais rápido e, em contrapartida, exigem que o profissional se atualize constantemente. Ele ressalta que agora há muitas formas de apresentar um imóvel, além da tradicional visita física, como vídeos que mostram todos os cômodos de um apartamento ou transmissões diretas com o comprador, que podem tirar dúvidas eventuais.

— Há também novas maneiras de captar clientes, que podem chegar ao corretor por e-mail e outras ferramentas virtuais. Hoje, a maioria das incorporadoras trabalha com assinatura digital, o que encurta o processo de compra do imóvel. Mas, no fim das contas, o corretor ainda precisa do poder de convencimento, de olhar no olho do cliente e fazer com que ele se sinta seguro para fechar um negócio — conclui.

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