Morar Bem
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Construir um residencial em área densamente povoada traz impacto para o entorno. O movimento da obra, o barulho e a poeira são transtornos inevitáveis quando se pensa em uma cidade em constante expansão e transformação. Se não há como evitar o incômodo, que tal retribuir a vizinhança com projetos que se moldam ao ecossistema local ou que revitalizam áreas abandonadas ou degradadas?

As construtoras do Rio estão investindo em condomínios que se integram ao entorno, principalmente na Zona Sul, onde a arquitetura já está consolidada. Assim, prédios com fachadas ativas atendem moradores e transeuntes, e a reforma de praças e parques beneficia novos negócios e valoriza antigas moradias — uma tendência que é boa para todo mundo. Basta ver o que a Mozak fez na Rua Juquiá, no Leblon, onde está erguendo o Essência, com 79 apartamentos e 19 lojas no térreo.

O antigo terreno que era ocupado pela Comlurb, além do prédio e do centro comercial, ganhou o Largo do Piva, um calçadão com objetos de arte em homenagem ao falecido arquiteto André Piva. As calçadas são assinadas pelo coletivo Muda, enquanto Marina Caverzan e Marina Rodrigues contribuem com um bicicletário e uma escultura interativa. Vanessa Borges é responsável pela concepção dos bancos e canteiros em formato orgânico.

— Por meio da arquitetura, podemos influenciar também o comportamento das pessoas e a dinâmica da vida na cidade. Quando lançamos o Essência, a proposta foi justamente essa, trazer para a Rua Juquiá mais fluxo, movimento, segurança e algo novo para o Leblon e para o Rio — explica a coordenadora de Marketing da Mozak, Thais Lago.

Os futuros moradores valorizam esse tipo de integração? Na avaliação do diretor da Itten Incorporadora, Eduardo Cruz, sim. A empresa, que tem como principal área de atuação o Jardim Oceânico, na Barra, vem buscando, a cada empreendimento, entender o entorno e as necessidades da vizinhança para não erguer residenciais fora do contexto local.

— Os clientes valorizam a ideia de viver em um prédio mais integrado ao entorno. Essas são questões importantes ligadas a uma cidade moderna, que já acontecem muito na Europa. No Rio, ainda há algumas dificuldades para a retirada de muros porque há, culturalmente, o medo da violência. Mas desenvolver determinada região é a melhor maneira de valorizá-la — diz ele.

PRAÇA REVITALIZADA

O Opportunity Imobiliário também tem atuado em prol dessa integração, em iniciativas como a revitalização da Praça Juarez Távora, que fica em frente ao Glória Residencial Rio de Janeiro, retrofit do icônico Hotel Glória; e a criação de um boulevard com bares e restaurantes no entorno do Ícono Parque. Os projetos são frutos de parceria com aSig Engenharia.

Diretor da Sérgio Castro Imóveis, Claudio Castro é um dos maiores entusiastas da integração do mercado imobiliário com a cidade. Do Largo do Boticário, no Cosme Velho, ao Arco do Telles, no Centro, passando pelo Largo dos Guimarães, em Santa Teresa, a empresa está o tempo todo investindo na recuperação de prédios históricos, como o da deslumbrante Igreja de Nossa Senhora da Lapa dos Mercadores, e de cantinhos esquecidos do Rio.

— O Rio, como qualquer cidade, é um organismo vivo. Com pequenos retoques, as coisas mudam. Cada imóvel histórico restaurado atrai muita gente, inclusive o inquilino e o cliente do inquilino. Meu pai dizia que a gente não pode espremer a cidade como uma esponja para arrancar cada centavo, só pensando em ganhar. Uma cidade mais integrada e acolhedora é muito melhor para os negócios imobiliários — pontua Castro.

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