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Há quase uma década ausentes da paisagem, os anúncios de lançamentos de edifícios comerciais voltaram a pipocar pelas ruas da Zona Sul. O fim do ciclo olímpico, a desaceleração da economia, a pandemia de Covid-19 — com o consequente fenômeno do home office — e até a Operação Lava-Jato afetaram diretamente o mercado de salas e escritórios.

A maré, porém, está virando. Somente entre Ipanema e Leblon, há cinco novos edifícios comerciais em lançamento. Boa parte surfa em um novo filão: o das salas corporativas, com o dobro ou o triplo do tamanho de uma unidade convencional.

A Mozak está pegando onda na boa maré que permeia esse nicho de mercado e fechou parceria com a estilista Lenny Niemeyer para dar um toque de sofisticação ao Máris, no Leblon. Ela assina a curadoria artística do projeto, com fotos, quadros, livros e objetos de decoração especialmente escolhidos para o empreendimento. São 31 unidades de 17 a 67 metros quadrados, e a construtora esperar repetir o sucesso do Afrânio, já totalmente vendido.

— O mercado de comerciais é uma boa oportunidade no Leblon. Depois da pandemia, o retorno às atividades presenciais provocaram uma grande procura por esses espaços em bairros mais nobres. Empresas de grande porte e profissionais autônomos, como médicos e advogados, estão preferindo ficar próximo ao público que atendem — explica a gerente Comercial da Mozak, Gabrielle Calcado.

A Balassiano Engenharia também captou o momento adequado para lançar o Visconde Corporate Boutique, em Ipanema, com 22 salas de 120 metros quadrados. Sócio da empresa, Thiago Balassiano lembra que diversos fatores levaram à desaceleração das economias carioca e fluminense, como a Operação Lava-Jato, que atingiu em cheio as empresas de óleo e gás, um setor que sempre foi muito importante para o estado.

— Os problemas econômicos afetaram todas as regiões da cidade, mas, com a pandemia, muitas empresas passaram a procurar espaços menores e mais próximos da residência de seus profissionais. A demanda cresceu na Zona Sul, mas não havia oferta suficiente — observa ele.

A Safira Engenharia é outra construtora que aposta no filão dos comerciais. Comprou o Hotel San Marco, em Ipanema, e está botando abaixo para fazer um edifício com 22 salas corporativas de 120 metros quadrados.

O hotel ficou fechado por cerca de seis anos, até que a família proprietária decidiu vendê-lo. Mas, em vez de um retrofit, a incorporadora optou por começar do zero, para que o prédio tenha todas as modernidades que são necessárias hoje.

ELEVADOR ANTIGO

Para o dono da construtora, Alan Maleh, o elevador sempre foi o calcanhar de aquiles dos prédios comerciais antigos: cabine acanhada, longas filas no saguão e entrada sem controle — problemas que não podem acontecer em um edifício corporativo.

— Quando a demanda começou a crescer na Zona Sul, os clientes se depararam com outro problema: salas pequenas e de donos diferentes, que não podem ser agrupadas. Por isso, optamos por salas corporativas com foco em dois públicos: o cliente final e o investidor — afirma Maleh.

Na Barra da Tijuca, o segmento também mostra sinais de recuperação. O bairro viveu um boom no ciclo pré-olímpico, seguido de uma queda que se acentuou com a pandemia. Desde 2023, porém, a procura voltou a crescer. Hoje, a Carvalho Hosken tem cerca de 40 salas disponíveis em quatro empreendimentos: Lead Américas, CEO, Universe e Centro Empresarial BarraShopping.

— O estoque está cada vez menor, porque os preços ficaram ótimos para quem quer investir. E já há pressão pelo lançamento de novos prédios — afirma o diretor Comercial da Carvalho Hosken.

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