Parque ambiental com espaço de recreação é um oásis na Zona Oeste

— Somos um dos maiores pontos de mata virgem do município, isso é muito importante. A mata se preservou porque o ponto de fluxo de pessoas que circulam pelo parque é dentro da área de preservação — explica Norma Paixão, gestora do espaço.

O parque é uma unidade de conservação, o que faz com que o objetivo principal do espaço seja proteger e preservar ecossistemas naturais, habitats, biodiversidade e recursos naturais. As unidades também são locais importantes para o desenvolvimento de pesquisas científicas, educação e recreação.

— Recebemos alunos de faculdades, aulas de campo com professores, alunos que fazem pesquisas para universidades públicas, além do público que vem para visitação e faz piquenique, se refresca ou vem apenas para descansar, ler, ficar em meio à natureza — conta Norma.

De acordo com a gestora, o público do parque é majoritariamente jovem. No inverno, o parque recebe mais visitantes que querem só curtir a natureza, contemplar o verde e relaxar. No verão, nos meses mais quentes, o número de visitantes chega a 4 mil por mês, com picos de 1600 pessoas por fim de semana. Norma lamenta que a população carioca não procure visitar o parque como acontece com as praias da cidade:

— As pessoas precisam saber que há um ponto de recreação perto de casa, que podem sair, pegar uma bicicleta e encontrar uma unidade de recreação gratuita. Diferente dos parques da Zona Sul, que são procurados até internacionalmente, os da Zona Norte e Zona Oeste merecem mais atenção. Nós fazemos um trabalho de divulgação, especialmente junto às escolas, para alcançar os pais das crianças, para que as pessoas tenham a noção do tesouro que é o parque — ressalta.

A fauna e a flora do local são muito variadas. Entre os destaques, um jequitibá centenário, cobras, aves, cachorro-do-mato e onça parda, que é o símbolo do parque. A história do local está entrelaçada com o crescimento do bairro de Bangu. Norma conta que a área foi uma fazenda e, depois, uma área de captação de água da Fábrica Bangu.

—O parque tem um conflito histórico, um conteúdo, foi uma fazenda, virou uma área de captação de água da Fábrica Bangu e foi o que ajudou os moradores a captarem água para suas residências. As piscinas naturais eram usadas como as caixas d’água da fábrica — diz.