![Os chefs Elia Schramm, do BabboOsteria, Kátia Barbosa, dos bares Aconchego Carioca e Kalango, e Bruno Katz, do Nosso e do Chanchada Bar. — Foto: Fabio Cordeiro](https://s2-oglobo.glbimg.com/ZlhnRwjecH53GzaiYvuNqIFoHF0=/0x0:5026x3959/984x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2022/T/P/MHWvqOQiK19AZMHRXXOQ/fco7847.jpg)
A gastronomia carioca é criativa, gostosa e tem o talento de reunir amigos e familiares em torno da mesa do bar ou do restaurante. A websérie “Gastronomia é o nosso negócio”, da Invest.Rio, agência de atração e promoção de investimentos da Prefeitura do Rio, convidou três chefs da cidade para fazer releitura de pratos que agradam em muito o paladar de quem vive no Rio.
Kátia Barbosa, dos bares Aconchego Carioca e Kalango, preparou o Bolinho Oswaldo Aranha, adaptação do famoso Filé Oswaldo Aranha para o mais carioca dos petiscos. Recheado com arroz, maionese de alho, carne e alho, a receita, na opinião dela, é a melhor expressão dos cariocas.
– Nós gostamos de comer em pé. Bolinho, com muito alho, e uma cervejinha, é uma combinação maravilhosa. Temos que valorizar a nossa comida, não podemos deixar o filé Oswaldo Aranha ficar desconhecido. Minha ideia com essa receita é mostrar que ele pode ter personalidade e, ao mesmo tempo, ser delicado – conta.
Kátia celebra os novos ventos que sopram a favor do setor da gastronomia na cidade. Ela aposta na união entre os estabelecimentos para impulsionar a retomada econômica do Rio.
– É bonito ver os botequins entendendo seu papel na cidade. Precisamos investir em comida boa e simples no Rio, porque é uma coisa querida no mundo inteiro. Pegamos a cultura dos botecos que veio de Portugal, mastigamos e devolvemos ainda melhor. Isso tem que ser cuidado. Fico feliz de ver que a economia do Rio gira em torno dos pequenos empreendedores e produtores – avalia ela.
À frente do Babbo Osteria, Elia Schramm, elegeu um Papardelle à bolonhesa para o preparo. A ideia foi fazer uma homenagem à macarronada, um prato que agrega famílias e amigos ao redor da mesa, adaptada pelo chef.
– Substituí a carne moída pela carne desfiada. A receita original do molho bolonhesa é aquela em que você cozinha a carne até desmanchar. Escolhi o papardelle, porque é uma massa delicada, dá um ar de sofisticação e usei elementos diferentes, como cenoura, sálvia, alecrim e vinho tinto. É uma experiência diferente. Macarrão à bolonhesa é um prato também voltado para o público infantil, mexe com a memória das pessoas e agrada o paladar de todo mundo – explica.
Para Elia, o setor gastronômico está em alta por conta do arrefecimento da pandemia do novo coronavírus. Com o cenário da crise sanitária mais calmo, as pessoas passaram a procurar bares e restaurantes para celebrar a vida e reencontrar amigos.
– Comer e beber é um grande programa. É uma opção acessível para festejar, uma vez viajar ficou um programa caro neste momento – aposta.
Já o chef Bruno Katz, do Nosso e do Chanchada Bar, escolheu o prato que ele considera o “baião de dois carioca”. Ele preparou o famoso estrogonofe, prato russo que caiu como uma luva nas mesas do Rio de Janeiro.
– Quis desconstruir o tradicional, preparando batata rostie para acompanhar e usando molho demi glace para dar uma acidez. E o arroz branco, que é presença certa na casa do carioca – diz.
Bruno elegeu o estrogonofe para a websérie na intenção de trazer a cultura do prato para o programa.
– Comer bem é um privilégio. O estrogonofe é democrático, tem bom preço e ótima qualidade. É um prato prático e de simples execução.