Cultura

Da Itália, Mario Frias inaugura o pavilhão brasileiro na 17ª Bienal de Arquitetura de Veneza

Secretário Especial da Cultura participou de live de abertura com mensagem gravada no local
Mario Frias gravou sua participação diretamente de Veneza Foto: Reprodução
Mario Frias gravou sua participação diretamente de Veneza Foto: Reprodução

Com uma live transmitida ao meio-dia desta quinta-feira, foi inaugurado virtualmente o pavilhão brasileiro na 17ª Bienal de Arquitetura de Veneza, que será aberta ao público neste sábado. Intitulada "Utopias da vida comum", a representação brasileira foi aberta por participações de José Olympio da Veiga Pereira, presidente da Fundação Bienal de São Paulo, e do secretário especial da Cultura, Mario Frias — o projeto do pavilhão é orçado em R$ 1,1 milhão, divididos entre o Governo Federal (R$ 800 mil), e a Fundação Bienal (mais custos indiretos assumidos e ainda não finalizados).

Frias gravou sua participação diretamente de Veneza, para onde viajou na última terça. Em uma fala rápida, o secretário se disse orgulhoso em ver que o pavilhão retratava a "alegria do povo brasileiro" e "o homem comum".

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—  As obras chamam a atenção, assiti a um vídeo imersivo muito bem produzido, retratando a  alegria do povo brasileiro. É muito emocionante chegar aqui reconhecer que estamos valorizando O Homem Comum. Que essa utopia seja a liberdade, que a gente possa sempre celebrar a cultura brasileira. Somos um povo tradicionalmente caloroso, amigável. É emocionante chegar aqui e reconhecer esses sentimentos tão nobres e tão importantes para nossa nação na Bienal.

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Após a fala de Frias, entraram ao vivo os curadores do projeto, os profissionais  do estúdio colaborativo Arquitetos Associados ( Alexandre Brasil, André Luiz Prado, Bruno Santa Cecília, Carlos Alberto Maciel e Paula Zasnicoff) e o designer visual Henrique Penha. Uma das representações dos 46 países que participam do evento nesta edição, o projeto mapeia a presença das utopias na constituição do país, desde a cosmovisão guarani da "Terra sem Males" até a ocupação Maria Carolina de Jesus, na região central de Belo Horizonte (MG). Dirigido por Aiano Bemfica, Cris Araújo e Edinho Vieira, um dos vídeos comissionados para a mostra, exibido durante a visita de Frias, retrata o cotidiano de famílias que ocupam um imóvel abandonado na capital mineira.

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Mais cedo, o secretário e a comitiva da Secretaria da Cultura passaram pelo pavilhão central da Bienal, onde estava montada uma outra obra brasileira independente, a instalação "Oca Red",  criada em colaboração entre o designer Gringo Cardia e o cineasta Takumã Kuikuro. A vídeo-instalação, composta também de alguns pequenos troncos de madeira, teve a parte audiovisual gravada na aldeia dos kuikuro, no Alto do Xingu (MT). Financiada pela ONG People’s Palace Projects, que tem apoio da Queen Mary University de Londres, a obra propõe formas de viver conectadas com a natureza, e a necessidade de preservaçao das áreas nativas e dos povos originários. Frias e a comitiva não se detiveram na instalação.