RIO - Há 17 anos, nascia o Matchbox Twenty para adoçar ainda mais o pop rock americano com letras de cunho amoroso e melodias dançantes. Depois de estourar hits pelo mundo e no Brasil, o grupo se separou por uma década. De volta à estrada, eles chegam ao Rock in Rio hoje para um show que engloba estreia em solo brasileiro, turnê de disco novo (“North”, 2012) e o retorno de Rob Thomas (vocal) ao lado de Kyle Cook (guitarra), Brian Yale (baixo) e Paul Doucette (que já foi baterista da banda, mas hoje assume uma das guitarras).
— Estamos tão ansiosos quanto os fãs, porque é uma espera de 17 anos — diz Doucette ao GLOBO. — Como nunca estivemos aí, não sabemos quais as músicas de que vocês gostam. Vai ser um desafio montar o setlist, mas vamos englobar coisas antigas e do novo disco. A nossa única informação é que não pode faltar “Disease”, porque foi trilha sonora de uma novela ( “Mulheres apaixonadas”, de 2003 ). Novelas aí no Brasil são importantes, né?
Doucette garante também “Wrong day”, “Crutch” e “She is so mean” no repertório. A última integra o álbum novo do grupo, que soma 30 milhões de cópias vendidas com três discos de estúdio e chegou ao topo da Billboard com o quarto trabalho.
— Acho que foi uma questão de timming . Sempre demos nosso melhor. Mas tudo depende do que o público quer ouvir naquele momento.
Timming também é crucial para enfrentar a responsabilidade de subir ao palco no mesmo dia de atrações como Bon Jovi, Nickelback e Frejat.
— Se nos chamassem para tocar dez anos atrás, ficaríamos assustados de encarar 85 mil pessoas. Mas, hoje, a gente toma um drink e faz o show com segurança.