Cultura

Jon Batiste, de 'Soul': 'Eu tinha que achar a emoção certa, e ela estava nos acordes'

Ganhador do Globo de Ouro de melhor trilha sonora, americano de 34 anos que também inspirou o pianista da animação mostra a sua paixão por Tom Jobim
O músico americano Jon Batiste Foto: Reprodução
O músico americano Jon Batiste Foto: Reprodução

RIO - Dos dedos longos usados como modelo para a animação do personagem principal, o pianista de jazz Joe Gardner — aliás, os mesmos que tocam as notas ouvidas em cena —, à composição das canções e as histórias como professor de música usadas no roteiro, o filme “Soul”, da Pixar , deve tudo isso a uma só pessoa: Jon Batiste, instrumentista, bandleader, arranjador e cantor nascido há 34 anos em uma das mais prestigiadas famílias musicais de New Orleans.

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Desde domingo, o americano é também o ganhador do Globo de Ouro de melhor trilha sonora (juntamente com Trent Reznor e Atticus Ross), por “Soul”. Mas isto era só uma possibilidade na sexta-feira, quando Batiste conversou por Zoom com o GLOBO e falou de... música brasileira. Que também fez questão de tocar ao piano durante a entrevista.

— U-hu! Amo essa parte! — animou-se ele a certa altura de “Chega de saudade”, canção de Tom Jobim e Vinicius de Moraes, que mostrou junto com “Wave”, só de Tom.

Vencedor do Globo de Ouro pela trilha da animação
Vencedor do Globo de Ouro pela trilha da animação "Soul", Jon Batiste toca "Wave" e "Chega de saudade", de Tom Jobim.

Na entrevista, Jon Batiste falou de suas conexões brasileiras e do trabalho em “Soul”, feito ao longo de dois anos com o diretor e roteirista Pete Docter:

— Fui criando sequências de acordes que soassem celestiais, etéreas e, ao mesmo tempo, ligadas à Terra. A primeira coisa que eu tinha que achar era a emoção certa, e ela estava nos acordes.

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