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Cultura

Análise: Gugu Liberato era um comunicador de mão cheia

Com vocação e determinação, apresentador tinha sensibilidade para agradar ao público
Gugu sofreu um acidente em sua casa, em Orlando Foto: Divulgação
Gugu sofreu um acidente em sua casa, em Orlando Foto: Divulgação

Com a tragédia que vitimou precocemente Antonio Augusto Liberato , a televisão brasileira perde um de seus mais importantes apresentadores. No SBT, era visto como sucessor natural de Silvio Santos, inclusive pelo próprio  “Patrão”. Mas Gugu foi mais longe e trilhou uma trajetória solo. Tornou-se dono de uma produtora poderosa, a GGP, e seu apelido virou marca.

O caminho de Midas foi resultado de uma vocação natural, claro, e também determinação. Ainda garoto, participava de gincanas promovidas pelo programa de Silvio. Um dia, conseguiu entregar a ele um envelope com sugestões de atrações. Foi a senha para acabar contratado como assistente de produção e, depois, apresentador. Vieram o “Viva a noite” (1982-1992), o “Passa ou repassa” (1988-1995) e o “Sabadão sertanejo” (1991-1996).

Mas foi o “Domingo legal” (1993-2009) que o colocou num dos páreos mais disputados da TV: a guerra de audiência da tarde mais nobre da semana com a Globo e o “Domingão do Faustão”. A diferença do Ibope era sempre apertada. O calor da disputa era visível ao vivo, diante das câmeras.

FOTOGALERIA: a trajetória de Gugu Liberato

Era um comunicador de mão cheia, com sensibilidade para saber o que agradaria ao espectador. Uma das maiores expressões disso foi o quadro da “Banheira do Gugu”, invariavelmente o momento em que o programa alcançava mais audiência. Mais tarde, esteve à frente de um programa com seu nome na Record, emissora onde estava agora. Trabalhou com as mesmas figuras durante anos. Um exemplo disso é Esther Rocha, sua assessora desde a década de 1990.

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