Diretor artístico do Masp (Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand) desde 2014, Adriano Pedrosa foi anunciado nesta quinta-feira (15) como o curador da próxima Bienal de Veneza, em 2024. É a primeira vez que a mais antiga bienal de artes do mundo, criada em 1895, terá um latino-americano encarregado da seleção principal da mostra. O evento divulgou ainda as datas de sua 60ª edição, de 20 de abril a 24 de novembro de 2024.
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Curador adjunto da 24ª Bienal de São Paulo (1998) e co-curador da 27ª edição (2006), co-curador da 12ª Bienal de Istambul (2011) e responsável pelo 31º Panorama da Arte Brasileira (2009), Pedrosa foi o único brasileiro a aparecer na lista Power 100 de 2022, elaborada pela revista ArtReview com os nomes mais influentes das artes visuais no mundo. O curador do Masp aparece na 59ª posição, voltando à lista sete anos depois de sua última aparição, em 2015 (antes foi citado em 2014 e 2012, sempre abaixo dos 90 primeiros lugares). Pedrosa vai conciliar a curadoria de Veneza com a direção artística do museu paulistano.
Adriano Pedrosa se disse honrado por ser "o primeiro latino-americano a realizar a curadoria da Exposição Internacional de Arte da La Biennale di Venezia, e, de fato, o primeiro baseado no Hemisfério Sul". "A Biennale é com certeza a plataforma mais importante da arte contemporânea no mundo, e embarcar neste projeto é um desafio estimulante e uma grande responsabilidade. Tenho grande expectativa por trazer artistas para Veneza, realizar seus projetos e por trabalhar com a excelente equipe da Biennale", disse o brasileiro.
Veja fotos da 59ª Bienal de Veneza
Presidente da Bienal de Veneza, Roberto Cicutto ressaltou que a escolha de Pedrosa "é o resultado de um processo que amadureceu com a nossa experiência de trabalho com a (curadora italiana) Cecilia Alemani":
"Pedrosa, um respeitado curador e o diretor do importante Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand, Brasil (projetado pela arquiteta italiana Lina Bo Bardi), é conhecido pela competência e originalidade que tem demonstrado na concepção de suas exposições, com uma visão aberta para o contemporâneo, e trabalhando a partir de um ponto de observação que não desconsidera a natureza de seu local de origem".