Cora Rónai
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Por — Rio de Janeiro

Para quem gosta de uma boa saga familiar: “O halo âmbar”, de Fernando Dourado Filho, segue o destino dos Neuman, judeus húngaros que escapam da Segunda Guerra, chegam ao Brasil e se espalham por várias cidades do mundo. O livro é vasto, variado e cosmopolita, com personagens tão bem desenvolvidas que deixam saudades quando terminamos a leitura. Disclosure: o patriarca Szymon frequenta a livraria do meu avô Miksa Rónai em Budapeste. A edição é da AzuCo.

Para quem não tem medo do desconhecido: “As sete luas de Maali Almeida”, de Shehan Karunatilaka, que ganhou o Booker Prize em 2022, começa com o protagonista recém-falecido numa fila na burocracia do além. À sua volta estão pessoas que morreram de morte morrida mas no mais das vezes matada, como o próprio Maali, porque estamos no Sri Lanka dos anos 1990, um país dilacerado pela guerra civil. As sete luas do título são o tempo de que ele dispõe, no limbo, para descobrir quem o matou e para dar um jeito para que o trabalho da sua vida não se perca. O romance, que revela a brutalidade do cotidiano na guerra, é sarcástico, debochado e surpreendentemente tocante. Tradução de Antonio Scandolara para a Editora Record.

Para quem aprecia uma fofoca literária: “Sempre Susan: um olhar sobre Susan Sontag”, de Sigrid Nunez — que, muito jovem, foi trabalhar com Sontag, apaixonou-se por David, seu filho, e logo estava morando com os dois. Sigrid (autora de “O amigo”) tem uma visão ambivalente da sogra, intelectual brilhante, mãe esquisita e pessoa para lá de difícil. Caprichosamente editado pela “Instante”. Tradução de Carla Fortino.

Para quem já foi jovem e anda esquecido: O pequeno box “Asimov”, da Editora Aleph, tradução de Aline Storto Pereira. Muita gente que leu ficção científica na adolescência deixou o hábito com o passar dos anos. Os contos “O cair da noite” e “O homem bicentenário”, de Isaac Asimov, relembram por que o gênero é tão bom, e por que não deveríamos ter parado nunca. Os dois foram editados como livrinhos separados, lindos, e reunidos num box. São perfeitos para ex-jovens até porque, entre outras coisas, têm letras enormes, facílimas de ler. Jovens também vão adorar.

Para quem não resiste a um clássico de roupa nova: duas das edições mais impressionantes que se encontram nas livrarias são da Editora Antofágica. “Moby Dick”, de Herman Melville, em tradução de Rogério W. Galindo e com artes de Letícia Lopes, é grande, imponente e faz jus à baleia mais célebre da literatura ocidental. A edição ajuda muito a quem acha que a sua leitura pode ser difícil, porque é ampla e generosa, e dá ao leitor bastante espaço para respirar. Em “Mogli”, menorzinho, as pinturas esplendorosas de Julia Debasse brilham no projeto gráfico de Manon Bourgeade. Vontade de pendurar o livro na parede! O texto de Rudyard Kipling foi traduzido por Jim Anotsu.

Para quem ama uma conversa instigante: Deborah Levy é uma das escritoras mais fascinantes da atualidade, e os livros que compõem a sua “autobiografia viva”, publicada pela Autêntica Contemporânea — “Coisas que não quero saber”, “O custo de vida” e “Bens imobiliários” — ultrapassam a simples leitura: eles se transformam em companhia, e ficam conosco mesmo quando não os temos em mãos. Levy intercala memórias, reflexões e referências culturais numa escrita tecida com ternura, inteligência e senso de humor.

(Na semana que vem tem mais.)

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