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Por O Globo — Rio de Janeiro

O pianista Paul Barton tem um público diferente: há 13 anos, ele toca para elefantes. Entre santuários de animais resgatados e a selva, Barton já reproduziu mais de 150 canções e colocou a vida em risco para fazer a diferença na vida dos animais.

Barton se apaixonou pela música nos anos 1970, quando um supermercado que vendia LPs chegou à sua cidade, na Inglaterra. Aos 12 anos, ele começou a gastar a mesada em discos e sonhar com as melodias de Beethoven.

— Me apaixonei imediatamente pela Sonata ao Luar, de Beethoven. Sonhava em tocar aquela música por conta própria. Não tínhamos um piano em nossa casa, mas havia um no lar de idosos da minha avó, onde aprendi a tocar de ouvido — conta Barton ao The Guardian.

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O pequeno aprendiz autodidata passou a caminhar dois quilômetros até a igreja de uma vila próxima, onde tinha um piano. Ao sair da escola, com 16 anos, Paul Barton ingressou na Royal Academy of Arts e continuou tocando o instrumento por toda a vida. A paixão por elefantes veio mais tarde, quando ele visitou a Tailândia e conheceu a esposa, Khwan Barton. Eles casaram em 1996, e, desde então, moram no país.

Khwan fazia esculturas no santuário Elephants World, que cuida de elefantes domésticos resgatados. Localizado nos arredores de Kanchanaburi, o abrigo tinha animais que trabalharam para humanos durante toda a vida, com cegueira e outras deficiências.

— Um elefante em particular parecia ter sentimentos tão profundos e passionais que me fez pensar no que aconteceria se eu tocasse música para eles — afirma Barton.

Em seu aniversário de 50 anos, Paul levou um piano para o santuário, que fica às margens de um rio. O casal usou uma caminhonete para transportar o instrumento, que foi colocado em um campo plantado com capim-banana, onde os elefantes se reúnem para comer o café da manhã.

— Quando comecei a tocar, era difícil ouvir o piano acima dos sons da natureza e dos elefantes mastigando a grama. Assim que toquei as primeiras notas, um elefante cego parou de comer e ouviu. Percebemos que ele amava música e a respiração deles realmente desacelera quando você toca, o que me indica que estão relaxados e felizes. A partir desse dia, nunca houve preocupação em perturbar a paz deles, e isso foi o começo de tudo — detalha o pianista.

Paul e Khwan começaram a documentar as apresentações. Agora, eles têm quase 700 mil assinantes no YouTube, onde publicam vídeos em que tocam piano, cantam e fazem esculturas e pinturas.

— Continuo tocando para esses elefantes que vivem livres no santuário, embora eu possa ser morto a qualquer momento. Parece que são os elefantes machos, os que estão de mau humor e são perigosos, que mais ouvem a música. Nunca imaginei que me apaixonaria por um elefante, mas aconteceu muitas vezes. Eles parecem família — conclui.

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