RIO — Homenageando a Geórgia como país convidado, a Feira do Livro de Frankfurt aposta na sua 70ª edição na diversidade, na defesa da liberdade de expressão e dos direitos humanos. A conferência de abertura foi feita pela escritora nigeriana Chimamanda Ngozi Adichie. A autora fez uma fala em defesa do feminismo, segundo publicou o jornal alemão " Frankfurter Rundschau ".
— Ainda existe a tentativa de controlar as mulheres. Ainda existe uma incapacidade de enxergar as mulheres como seres humanos plenos — disse a escritora, tida como uma das principais vozes literárias do continente africano atualmente.
Presidente da Associação Alemã de Editores e de Livreiros, Heinrich Riethmüller também discursou na abertura. Ele lembrou que a Declaração dos Direitos Humanos, assim como a Feira de Frankfurt, também completa 70 anos em 2018.
![Visitantes na Feira do Livro de Frankfurt Foto: DANIEL ROLAND / AFP](https://ogimg.infoglobo.com.br/in/23145741-027-936/FT460B/300/79298828_Visitors-are-pictured-at-the-Frankfurt-Book-Fair-on-October-10-2018-in-Frankfurt-am-Mai.jpg)
— A indústria do livro deseja dar uma contribuição significativa para o sucesso de uma sociedade livre e democrática — afirmou, segundo o site " Deutsche Welle ".
Diversos debates se centrarão em temas ligados a liberdade de expressão, em especial na Europa. Na abertura do novo pavilhão do centro de convenções, ocorrida na manhã desta quarta-feira, o presidente alemão Frank-Walter Steinmeier, a escritora croata Ivana Sajko e o autor belga Stefan Hertmans debateram sobre o tema "Como defender a liberdade em tempos turbulentos".
Segundo Sajko a literatura tem um papel central na vida política de um país.
— Ela mostra as narrativas invisíveis. Nos aproxima de histórias pequenas e individuais, que constituem a sociedade mais amplamente — afirmou, segundo o " Frankfurter Allgemeine ".
Outro desafio que irá pautas as conversas nas mesas e nos corredores da feira será a crise finceira que os mercados livreiros de diferentes partes do mundo vem enfrentando. Como publicou o " El País ", com exceção da China, os principais mercados de livros (EUA, Alemanha, França, Grã-Bretanha e Japão) estão em queda desde 2008.
Ainda assim, em relação ao ano passado, a Feira cresceu em 3% no número de expositores, como divulgou o " Publishnews ". Esse ano, o evento recebe 7,5 mil expositores de 110 países. No ano passado, quase 300 mil pessoas passaram pelo evento.