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Após Scarlet Johansson, Emma Stone e Emily Blunt também cogitam processar a Disney

Estrelas de Hollywood se incomodam com os lançamentos simultâneos de filmes no streaming e nos cinemas
Emma Stone no papel da vilã Cruella. Foto: Reprodução
Emma Stone no papel da vilã Cruella. Foto: Reprodução

Como especialistas previam, o movimento de Scarlet Johansson, que está processando a Disney pelo lançamento de "Viúva Negra" no streaming, deve abrir um precedente em Hollywood. Um dia depois da notícia ir ao ar, o jornalista Matt Belloni, ex-editor do "The Hollywood Reporter", divulgou em sua newsletter que Emma Stone estaria cogitando fazer o mesmo por "Cruella", lançado em maio.

Segundo Belloni, Stone estaria "considerando as suas opções". Caso decida entrar na Justiça contra a empresa, ela pode botar em risco uma sequência de "Cruella", que já estaria sendo desenvolvida.

E não para por aí. "Jungle Cruise", lançado nos cinemas e no streaming do Disney+ nesta sexta-feira, é outro que pode acabar nos tribunais, já que uma das protagonistas da aventura, Emily Blunt, também estaria analisando a questão.

Ainda de acordo com Belloni, a Disney é conhecida por ser “notoriamente difícil de lidar” em situações dessa natureza.

Troca de farpas nos bastidores

Procurado pelo site americano "Complex", John Berlinski, advogado de Johansson, acusou a Disney de estar tentando usar a pandemia "como um pretexto" para aumentar os números de assinatura do Disney + e o preço das ações da empresa, sem incluir os artistas nessa equação.

"Este certamente não será o último caso em que talentos de Hollywood enfrentarão a Disney e deixarão claro que, independentemente do que a empresa possa alegar, ela tem a obrigação legal de honrar seus contratos", afirmou Berlinski.

A Disney se posicionou por nota, alegando que "não há mérito" no processo de Johansson. "O processo é especialmente triste e angustiante em seu desrespeito cruel pelos terríveis e prolongados efeitos globais da pandemia COVID-19", disse o estúdio.

Scarlett Johansson alega que seu contrato com a Marvel Entertainment da Disney garantia um lançamento exclusivo no cinema, e que seu salário se baseava em grande parte no desempenho de bilheteria do filme.