Filmes essenciais de Nelson Pereira dos Santos Cineasta, que faleceu no sábado, atravessou diversas fases do cinema brasieiro O Globo 22/04/2018 - 21:51 / Atualizado em 23/04/2018 - 15:23 Compartilhe por Facebook Twitter WhatsApp Newsletters Ver todas as galerias Foto Anterior Próxima Foto 'RIO, 40 GRAUS' (1955). Inspirada pelo neorrealismo, é uma das obras inaugurais do cinema moderno brasileiro. Na contramão das grandes produções da Vera Cruz na época, Nelson usou a precariedade técnica como conceito estético e ensinou a toda uma geração de cineastas que era possível contar histórias com poucos recursos, atores não profissionais e cenários externos. O que veio dar no “uma câmera na mão e uma ideia na cabeça” de Glauber Rocha e do Cinema Novo. O filme é um semidocumentário sobre cinco garotos de uma favela do Rio. Foto: Reprodução / Agência O GLOBO 'VIDAS SECAS' (1963). Adaptação do romance de Graciliano Ramos sobre uma família de retirantes que foge da seca, o filme mostra grande influência do neorrealismo italiano. Ficou famoso pela fotografia revolucionária e o uso da lente nua (inspirado no fotógrafo francês Henri Cartier-Bresson). Na época em que dirigiu o longa, Nelson já havia se afastado do comunismo. O diretor disse certa vez que sua leitura de Graciliano Ramos seria muito diferente se o filme tivesse sido feito anos antes. Foto: Reprodução / Agência O GLOBO 'COMO ERA GOSTOSO O MEU FRANCÊS' (1971). Baseado nos relatos de viajantes europeus sobre as práticas canibais dos índios tupis no século XVI, Nelson mergulha na antropofagia. Concluída no auge da ditadura, a produção acabou proibida (oficialmente, devido ao “excesso de nus masculinos”) e só foi liberada em 1972 — ainda assim, com muitos cortes. Ao contar a história de um almirante capturado por índios, o longa faz uma analogia mordaz com os prisioneiros políticos do governo militar. Foto: Reprodução / Agência O GLOBO 'MEMÓRIAS DO CÁRCERE' (1984). Em seu reencontro com a obra de Graciliano Ramos, Nelson adapta o livro homônimo do escritor alagoano, sobre o período em que ele esteve preso pela polícia do Estado Novo, nos anos 1930. Realizado numa fase difícil do cinema brasileiro, é visto por muitos como uma das poucas obras-primas da década de 1980 e conta com uma excepcional atuação de Carlos Vereza, no papel de Graciliano. Recebeu o Prêmio da Crítica Internacional do Festival de Cannes. Foto: Reprodução / Agência O GLOBO
'RIO, 40 GRAUS' (1955). Inspirada pelo neorrealismo, é uma das obras inaugurais do cinema moderno brasileiro. Na contramão das grandes produções da Vera Cruz na época, Nelson usou a precariedade técnica como conceito estético e ensinou a toda uma geração de cineastas que era possível contar histórias com poucos recursos, atores não profissionais e cenários externos. O que veio dar no “uma câmera na mão e uma ideia na cabeça” de Glauber Rocha e do Cinema Novo. O filme é um semidocumentário sobre cinco garotos de uma favela do Rio. Foto: Reprodução / Agência O GLOBO
'VIDAS SECAS' (1963). Adaptação do romance de Graciliano Ramos sobre uma família de retirantes que foge da seca, o filme mostra grande influência do neorrealismo italiano. Ficou famoso pela fotografia revolucionária e o uso da lente nua (inspirado no fotógrafo francês Henri Cartier-Bresson). Na época em que dirigiu o longa, Nelson já havia se afastado do comunismo. O diretor disse certa vez que sua leitura de Graciliano Ramos seria muito diferente se o filme tivesse sido feito anos antes. Foto: Reprodução / Agência O GLOBO
'COMO ERA GOSTOSO O MEU FRANCÊS' (1971). Baseado nos relatos de viajantes europeus sobre as práticas canibais dos índios tupis no século XVI, Nelson mergulha na antropofagia. Concluída no auge da ditadura, a produção acabou proibida (oficialmente, devido ao “excesso de nus masculinos”) e só foi liberada em 1972 — ainda assim, com muitos cortes. Ao contar a história de um almirante capturado por índios, o longa faz uma analogia mordaz com os prisioneiros políticos do governo militar. Foto: Reprodução / Agência O GLOBO
'MEMÓRIAS DO CÁRCERE' (1984). Em seu reencontro com a obra de Graciliano Ramos, Nelson adapta o livro homônimo do escritor alagoano, sobre o período em que ele esteve preso pela polícia do Estado Novo, nos anos 1930. Realizado numa fase difícil do cinema brasileiro, é visto por muitos como uma das poucas obras-primas da década de 1980 e conta com uma excepcional atuação de Carlos Vereza, no papel de Graciliano. Recebeu o Prêmio da Crítica Internacional do Festival de Cannes. Foto: Reprodução / Agência O GLOBO