RIO — A vida não anda fácil para J.K. Rowling, autora da série de livros 'Harry Potter'. Depois de ter que explicar a manutenção de Johnny Depp, acusado de violência doméstica, no elenco de 'Animais fantásticos: os crimes de Grindelwald' , segundo filme derivado de sua franquia, a autora e roteirista recebeu uma chuva de críticas pela decisão do diretor, David Yates, de não trabalhar a homossexualidade do personagem Dumbledore no longa.
O diretor explicou, em entrevista à "Entertainment Weekly", que a sexualidade do personagem não seria tratada explicitamente. "Eu acho que todos os fãs sabem disso. Ele teve um relacionamento intenso com Grindelwald quando eram jovens. Eles se apaixonaram pelas suas ideias, ideologias e um pelo outro", afirmou.
Logo, as críticas recaíram sobre a autora, que escreveu os roteiros dos dois filmes da série. Ela foi ao Twitter se defender:
"Receber mensagens abusivas sobre uma entrevista que não me envolveu, sobre um roteiro que eu escrevi mas nenhuma das pessoas furiosas leu, que é parte de uma série de cinco filmes dos quais só um foi lançado até agora, é obviamente muito divertido, mas vocês sabem o que é ainda mais divertido?", escreveu a autora, seguido de uma imagem irônica fazendo referência ao botão de silenciar postagens.
HISTÓRICO
A autora revelou, em 2007, que o importante personagem da franquia era homossexual , possuindo um envolvimento anterior com o bruxo Grindelwald. Desde então, os fãs vêm esperando por mais detalhes do passado do mandatário de Hogwarts.
Em 2016, a própria autora declarou, em coletiva de imprensa relativa ao lançamento do primeiro "Animais fantásticos", que o relacionamento de Dumbledore seria explorado ao longo da franquia.
"Eu não posso dizer tudo que eu quero, pois essa será uma história de cinco partes, então há muito o que se revelar nesse relacionamento. Nós o veremos nesse período de formação de sua vida, do ponto de vista da sua sexualidade", declarou, na época.