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Por O Globo — Rio de Janeiro

Cannes defendeu a decisão da escolha do filme estrelado por Johnny Depp abrir o festival, que acontece entre os dias 16 e 27 de maio. O diretor do festival, Thierry Fremaux, disse que não se tratou "uma escolha controversa".

— Se Johnny Depp tivesse sido proibido de trabalhar teria sido diferente, mas não é o caso. Só sabemos de uma coisa, é o sistema de justiça e acho que ele ganhou o processo legal — afirmou, em entrevista à Variety publicada na última semana.

Amber Heard, ex-mulher de Depp, foi considerada culpada pelas declarações feitas em artigo escrito no "The Washington Post", no qual acusava o ator de abusos. Na decisão, o júri determinou que a atriz teria que indenizar o ex-marido em US$ 15 milhões. Além disso, Depp também foi condenado em US$ 2 milhões por difamar Heard. Dessa forma, o valor de US$ 15 milhões se viu reduzido a US$ 8,35 milhões.

Em relação ao processo de Heard contra Depp, o ator foi considerado culpado em uma das três acusações. O astro de "Piratas do Caribe" foi condenado a pagar US$ 2 milhões em danos morais para a ex-mulher. Amber havia pedido indenização no valor de US$ 100 milhões. Em dezembro do último ano, as partes chegaram a um acordo judicial que encerrou o litígio.

Diretora do filme denunciada por agressão

À Variety, Fremaux também disse que uma denúncia de agressão contra a diretora e estrela do longa, Maïwenn, feita por Edwy Plenel, editor-chefe da revista francesa Mediapart, não afetaria a participação do filme em Cannes.

Na denúncia, Plenel alega que foi agredido por Maïwenn no final de fevereiro enquanto comia em um restaurante em Paris.

Maïwenn, que estava sentada sozinha em uma mesa próxima, supostamente foi até a mesa dele e o agarrou pelos cabelos antes de cuspir em seu rosto sem dizer uma palavra. Depois disso, ela saiu "furiosa" do local, deixando Plenel “traumatizado pelo incidente”, de acordo com a AFP, que teve acesso à denúncia policial.

O relatório policial vazou no começo de abril, dois dias depois que o Festival de Cannes anunciou que o filme dirigido e protagonizado por Maïwenn havia sido escolhido para abrir sua 76ª edição.

A revista Mediapart, chefiada por Plenel, liderou o movimento #MeToo na França. Eles publicaram, em 2018, uma série de reportagens sobre o ex-marido de Maïwenn, o também diretor Luc Besson, de 64 anos, com quem ela tem uma filha, Shanna Besson, de 30. Ele foi acusado por várias mulheres por "atitudes impróprias e agressões sexuais".

Maïwenn, que já disse publicamente que não abraçou o movimento #MeToo, escalou Depp para interpretar o rei francês Luís XV em “Jeanne du Barry” quando ele estava no meio da batalha legal contra sua ex-mulher Amber Heard. O filme é o primeiro grande trabalho de Depp desde a resolução do processo de difamação movido contra Amber.

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