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Por Carlos Helí de Almeida; Especial Para O GLOBO

Harrison Ford ainda tem casa uma cópia do chapéu de Indiana Jones, um dos personagens mais marcantes de sua carreira, mas não por motivos sentimentais.

– Não é uma questão de nostalgia. A experiência de ter interpretado o personagem (por tanto tempo) é mais importante. É isso que mais prezo em relação ao meu trabalho – disse o ator americano em seu primeiro encontro com a imprensa internacional após a première mundial de “Indiana Jones e a relíquia do tempo”, que marca sua despedida do papel que interpretou cinco vezes ao longo dos últimos 40 anos.

O filme, que ganhou sessão de gala na noite de quinta-feira da 76ª edição do Festival de Cannes, encerra a saga do personagem criado da imaginação de Steven Spielberg e George Lucas e lançado em “Caçadores da Arca Perdida” (1981). Para marcar a ocasião, Ford também recebeu uma Palma de Ouro honorária pelo conjunto de seu trabalho, parcialmente relembrado em clips de seus filmes exibidos antes da principal atração do programa.

– Estou muito emocionado. Acabei de ver minha vida passar diante dos meus olhos – reagiu o ator no palco do Grand Theàtre Lumière, um sentimento que voltou a comentar no dia seguinte com os jornalistas – Foi extraordinário uma relíquia da sua vida bem diante de você. A sensação de pertencer a uma comunidade, o calor do acolhimento por ela ontem foi inimaginável, me fez sentir muito bem.

Harrison Ford brinca com sua Palma de Ouro honorária, em Cannes — Foto: Patricia DE MELO MOREIRA / AFP)
Harrison Ford brinca com sua Palma de Ouro honorária, em Cannes — Foto: Patricia DE MELO MOREIRA / AFP)

Dirigido por James Mangold (de “Logan”), “Indiana Jones e a relíquia do tempo” é um dos títulos mais aguardados da temporada do verão americano, onde estreia no final de junho. Foi escalado por Cannes como o filme-sensação do festival, como foi “Top Gun – Maverick”, ano passado, quando a presença de Tom Cruise atraiu as atenções do mundo para a Riviera Francesa. É o capítulo mais caro da saga protagonizada pelo arqueólogo e aventureiro, com orçamento em torne de US$ 294 milhões. Parte desse montante foi gasto nos efeitos especiais do longo prólogo ambientado em 1939, segmento em que Ford aparece 40 anos mais jovem.

– Não é uma mágica de photoshop. É como eu parecia 35 anos atrás. Um truque que apenas serve de apoio para a história que estamos contando, usado de forma apropriada. Mas estou feliz com a idade que tenho – afirmou ator, que se disse contente com a chance de dar um desfecho à trajetória do personagem. – Queria ver o peso da idade sobre eles, vê-lo em reivindicando uma espécie de reinvenção. Eu queria que ele tivesse uma relação (emocional) que não fosse apenas um flerte.

“Indiana Jones e a relíquia do tempo” é o primeiro filme da franquia não dirigido por Steven Spielberg. Na última aventura do arqueólogo, Ford é acompanhado por um elenco internacional que inclui a britânica Phoebe Waller-Bridge e o dinamarquês Mads Mikkelsen, que encarna um cientista nazista em busca de um artefato criado por Arquimedes capaz de permitir viagens no tempo. A maior parte da trama é ambientada em 1969, e envolve sequências de ação em Nova York, no Marrocos e na Itália.

O herói da jaqueta de couro e chicote, volta a enfrentar nazistas em busca de artefatos mitológicos, mas teve que encarar críticas mistas. Alguns críticos se deixaram levar pela nostalgia: “Há muitas perseguições divertidas, alguns encontros assustadores com insetos e uma tumba subterrânea cujas passagens estreitas se abrem com o barulho de trituração”, escreveu o jornal “The Guardian”, acrescentando que “o final é extremamente bobo e divertido, mas Indiana Jones anda tem uma certa classe antiga”.

A revista “Empire” também gostou da aventura, ressaltando que o novo filme manteve-se fiel ao universo fantasioso característico da série. “Todas as características da franquia estão lá, como você esperaria que estivessem, cuidadosamente preservadas como tesouros arqueológicos”, escreveu o crítico, avisando que o público, no entanto, “pode ficar dividido com o final maluco”.

O crítico da “Hollywood Reporter”, por outro lado, ficou menos impressionado com o que chama de “fórmula da reciclagem e repetição de perseguições e tiroteios” e com “muita coisa que parece falso”, reconhecendo que o filme, no entanto, “é uma doce explosão de pura nostalgia”. A “Indiewire” foi mais impiedosa em sua resenha, chamando o filme de Mangold de “uma perda de tempo quase completa” e “um lembrete bem elaborado de que é melhor deixar algumas relíquias onde e quando elas pertencem”.

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