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Por — Rio de Janeiro

Um teleprompter com os diálogos de “Uma fada veio me visitar” ficava à vista de Xuxa caso ela precisasse de ajuda com o texto depois que a diretora do filme, Vivianne Jundi, gritasse “ação”. Isso não é fofoca de bastidor. É a própria Xuxa, longe dos cinemas há 14 anos, quem conta essa curiosidade sobre o longa, uma adaptação do livro homônimo de Thalita Rebouças, que estreia nesta quinta-feira (12) em 550 salas de todo o Brasil.

A tela acoplada à câmera estava lá porque a apresentadora diz não saber “decorar texto”. Nem fica à vontade ao receber elogios sobre sua performance. Se o resto do elenco, reunido na Barra da Tijuca na semana passada para conversar com a imprensa sobre o filme, falava bem de seu trabalho como atriz, ela abaixava a cabeça, tímida, e a balançava, como quem diz “deixem disso”.

— Não me vejo como atriz, nem como cantora. Eu me vejo como uma modelo que deu certo como apresentadora — disse Xuxa. —Também me vejo como mãe e como a “Rainha dos baixinhos”, que é um título que não quero tirar, porque isso vem com a minha história, com tudo que conquistei. Teria que ter estudado muito e não quero desvalorizar quem realmente é ator e atriz.

Ícones oitentistas

Sendo, então, a eterna “Rainha dos baixinhos” faz sentido ela voltar ao cinema numa produção voltada a este público. Mesmo que sejam “baixinhos” bem diferentes de sua época. No longa, ela interpreta Tatu, uma fada que dormiu por 35 anos e volta à Terra para ajudar Lua (Tontom Périssé, filha de Heloísa, em seu primeiro papel como atriz) com os conflitos da adolescência. No primeiro contato, há um embate geracional: Tatu é um tanto anacrônica, fala gírias e se veste como nos anos 1980, imitando Cindy Lauper, Boy George, Angélica e Clara Nunes (na foto principal), uma turma que Lua nunca ouviu falar.

—O livro tem uma linguagem não só infantil— disse Xuxa, que topou voltar aos cinemas só porque tinha lido a obra anos atrás e tido ideias sobre uma adaptação com Thalita. — Ele dá uma viajada na família toda. Posso ir para os lados da criança que não me conhece ou da que já viu o “Xuxa só para baixinhos” ou da mãe, do pai, até mesmo do avô, da avó. Então, tenho essa liberdade de circular por mundinhos diferentes.

Por mais que seu último projeto infantil seja de 2016 (o “Xuxa só para baixinhos 13” ou XSPB 13) e suas investidas mais recentes na TV sejam para o público adulto, a apresentadora acredita ser um nome forte no mercado para crianças. Por isso, já começou a trabalhar num novo XSPB.

— Já temos quatro músicas em que eu botei voz e tudo — adiantou ela. —Ainda recebo muitos vídeos de pessoas falando: “olha meus filhos te ouvindo, dançando suas músicas”. Ainda sou lembrada como alguém que trabalha para criança. Tanto que faço questão de, quando há alguma campanha, como houve a da vacinação, me oferecer, porque a minha imagem chega aos pais que vão levar os filhos para se vacinarem. E, para a criança, não é uma coisa completamente “quem é essa mulher?”.

A cineasta Vivianne Jundi, que dirigiu a série “De volta aos 15” (Netflix) e o filme “Detetives do Prédio Azul 2”, acredita que Xuxa tem uma comunicação muito direta e com vários pontos em comum com os adolescentes de hoje.

— Venho fazendo pesquisas e trabalhando com audiovisual para a geração Z, e ela não tolera mais o bullying, a homofobia. Quando assiste a filmes ou séries e vê clichês dos clichês, se incomoda — disse Vivianne. —Então, quando esses jovens ouvem essa mulher que, para a mãe era uma referência, e ela traz pautas que, para eles, são básicas, dá um match. Acontece uma identificação. A Xuxa nunca foi tão atual.

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