Filmes
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Por — Rio de Janeiro

Atriz, apresentadora, jurada de reality show, ativista, mãe apegada, “meio palhaça”, “meio kamikaze” e, como lembra nas redes, uma mulher que saiu do Méier (“mas o Méier não saiu de mim”, costuma dizer). Taís Araujo é várias em uma só. Trabalhando desde os 13 anos, quando surgiram as primeiras chances como modelo, já desistiu de anunciar que vai diminuir o ritmo. Agora, quer mais é diversificar sua atuação no entretenimento, aberta a oportunidades. E elas não param de chegar.

Após uma trajetória sólida no teatro e na TV, ela buscou se dedicar mais ao cinema. Dito e feito. Desde “Medida provisória” (2022), em que foi dirigida por Lázaro Ramos, seu marido, Taís realizou nada menos do que cinco filmes. O primeiro a chegar é “Ritmo de Natal”, comédia romântica lançada no Globoplay na última quinta-feira. Estrelada por Clara Moneke e Isacque Lopes, o filme traz a atriz no papel de uma mãe protetora que tem dificuldades de aceitar a nova namorada do filho.

O longa, primeiro projeto do novo Núcleo de Filmes dos Estúdios Globo, foi uma chance de a atriz embarcar em um gênero que faz sucesso dentro de sua casa.

Clara Moneke e Taís Araujo estrelam a comédia romântica natalina "Ritmo de Natal" — Foto: Globo/Ronald Santos Cruz
Clara Moneke e Taís Araujo estrelam a comédia romântica natalina "Ritmo de Natal" — Foto: Globo/Ronald Santos Cruz

— Amo filme de Natal! Tenho duas crianças em casa e sempre assistimos juntos. É engraçado que agora temos dois desse filmes “aqui em casa” — explica a atriz, lembrando que Lázaro também lança sua própria comédia natalina em breve, “O primeiro Natal do mundo”, com Ingrid Guimarães, para o Prime Video.

Taís, que recém comemorou 45 anos, conta que tinha planejado grandes férias em 2023, mas mudou de ideia:

— Quero fazer mais cinema. Vieram vários diretores que adoro com convites, e eu falei: “Vou ter que fazer!”

Em breve, a atriz poderá ser vista também em uma pontinha na comédia “Minha irmã e eu” (em que interpreta a si mesma e contracena com Ingrid e Tatá Werneck); em um papel de destaque no drama de tribunal “Doutor Monstro”, de Marcos Jorge (que narra o julgamento de Farah Jorge Farah, cirurgião plástico que matou uma de suas pacientes); e substituindo Fernanda Montenegro como Nossa Senhora em “O Auto da Compadecida 2”, de Guel Arrraes e Flávia Lacerda. Isso sem falar em um filme infantil que aceitou por “pressão” da filha Maria Antônia, de 8 anos, cujo título ainda não pode revelar. Ela também é mãe de João Vicente, de 12.

Taís Araujo em cena de "Doutor Monstro", novo filme de Marcos Jorge — Foto: Divulgação
Taís Araujo em cena de "Doutor Monstro", novo filme de Marcos Jorge — Foto: Divulgação

— Depois de 32 anos de carreira, fico me provocando sobre qual vai ser meu próximo passo. Eu quero fazer coisas diferentes — explica a atriz.

Sobre assumir um papel que foi de Fernanda Montenegro na continuação de um clássico recente do nosso cinema, Taís brinca.

— Às vezes, acho que sou um pouco kamikaze. Quando Guel me convidou, não dimensionei muito. Dona Fernanda é uma figura muito emblemática, símbolo do que uma atriz pode ser. Então, não levei muito para esse lado de substituí-la. Se levasse, não ia sair do lugar. É uma outra representação de Nossa Senhora — conta a atriz, que, além dos filmes, lança no ano que vem a série de terror “Reencarne”, também do Globoplay.

Guel Arraes se despede de Taís Araujo ao final de sua participação em "O Auto da Compadecida 2" — Foto: Laura Campanella
Guel Arraes se despede de Taís Araujo ao final de sua participação em "O Auto da Compadecida 2" — Foto: Laura Campanella

‘Corri pra jovens voarem’

Em janeiro, ela retorna para a nova temporada do reality musical “The Masked Singer Brasil”, do qual é jurada desde o primeiro ano. A atriz conta que já falou mais de uma vez que não retornaria ao programa, mas que sempre volta por “amar aquela bagaceira” de personalidades com fantasias espalhafatosas em apresentações grandiosas.

Ela admite que jamais participaria de um reality por “falta de estrutura emocional para competição”, mas ressalta que valoriza a importância do programa em sua trajetória.

— Acho que por um tempo as pessoas estavam me achando muito séria. É ótimo ir para um programa cujo único compromisso é dar risada. Mostro meu lado meio palhaça — aponta.

Mas isso não significa que ela descarte sua faceta engajada e ativista. Com 13 milhões de seguidores no Instagram, a atriz usa sua voz para falar de causas importantes e valorizar artistas pretos que a antecederam:

— Entendo que sou possível hoje no Brasil por causa de quem veio antes de mim. Mulheres como Ruth de Souza, Léa Garcia, Zezé Motta. Esta galera andou para que eu pudesse correr. Elas ouviram muito “não” para que eu pudesse ser escutada. Também ouvi “não”, mas agora que resolveram me escutar, vou falar.

Taís sabe que também é inspiração para muitos atores e atrizes pretos. Ela se emociona ao falar sobre o carinho e o olhar de admiração que recebe de jovens como Jeniffer Dias e Clara Moneke.

— Sempre falei: “Se só tiver eu, não vai mudar nada”. Corro para a geração da Clara poder voar — diz. — Minha geração, dos 40 anos, ainda pede licença para falar muitas coisas. A geração (de artistas pretos) dos 30 anos é bem mais questionadora. Já a geração da Clara, dos 20 anos, dá uma olhada para a gente, dá um tchau e fala “tô indo”. Está mais fácil para eles. E tem que ser assim, é o que vai fazer a mudança.

‘Quase’ amiga de Viola

O fato de ser uma importante referência como atriz preta e engajada fez com que Taís acabasse desenvolvendo uma relação com a vencedora do Oscar Viola Davis. Apesar dos encontros e das constantes trocas nas redes sociais, Taís explica que não dá para dizer que as duas são amigas. E até prefere que seja assim:

— Sabe quando você tem uma pessoa que admira tanto que prefere que ela fique lá no cantinho da admiração? Sinto que é um pouco assim com a Viola. Já a recebi em casa, já visitei a casa dela, recentemente jantamos em Paris, antes de encontrá-la em Salvador. Mas ainda existe um distanciamento. Não tenho coragem de falar: “Ô, Viola, chega aqui que eu vou te apresentar um amigo”.

Enquanto a intimidade com a atriz americana não chega, não faltam projetos para o futuro. Ela ainda tem o sonho de fazer um filme da série “Mister Brau” e outro das Empreguetes, grupo musical que conquistou o Brasil na novela “Cheias de charme”. E tem, há anos, planos para uma série sobre Elza Soares. Em meio a tanta correria, cuida dos dois filhos e do casamento com Lázaro, outro que trabalha ativamente, no momento em cartaz com a novela “Elas por elas”, e nos cinemas com “Ó paí, ó 2”.

— A gente trabalha muito mesmo, mas consegue se organizar dentro do caos — conta a atriz, que vê os períodos longe dos filhos como os mais complexos. — O mais difícil para mim é ficar longe de casa. Sou apegadinha aos meus filhos, à minha casa. Estava filmando em Curitiba e, nos meus dias de folga, eu vinha ao Rio de manhã e voltava à noite, só para passar o dia com as crianças.

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