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Por O GLOBO — Rio de Janeiro

Vencedor do Oscar de ator coadjuvante por sua atuação como o empresário e ex-oficial naval Lewis Strauss em "Oppenheimer", de Christopher Nolan, Robert Downey Jr. é sempre apontado em Hollywood como um exemplo de superação, ao vencer um passado de abuso de drogas e álcool e problemas de relacionamento nos sets para chegar à glória na indústria do audiovisual.

Os problemas de adicção de Downey Jr. são amplamente conhecidos em Hollywood, e o ator fala abertamente sobre sua dependência e a sobriedade conquistada desde 2003. Tanto que o apresentador Jimmy Kimmel não se constrangeu em fazer piada com o tema durante a cerimônia do Oscar: "Este é o ponto mais alto da longa e ilustre carreira de Robert Downey Jr.. Bom, talvez um dos pontos mais altos", brincou o apresentador, fazendo um jogo de palavras com "ficar alto" ("get high"), que em inglês é uma gíria semelhante a ficar "doidão" ou "chapado".

Antes de conquistar a estatueta, 32 anos após ser indicado pela primeira vez ao prêmio por sua interpretação de Charles Chaplin na cinebiografia dirigida por Richard Attenborough em 1992, aos 27 anos, Downey Jr. teve de administrar uma trajetória marcada pelo surgimento como um ator prodígio até o ponto em que muitos produtores o evitavam por medo de problemas no set.

Relação com o pai

Filho do cineasta, escritor, ator e produtor Robert Downey, Sr. (1936-2021), a quem dedicou um documentário ("Sr.") no qual descreve sua conturbada relação, incluindo o fato de ter oferecido seu primeiro cigarro de maconha aos seis anos de idade, o ator fez sua estreia aos 5 anos, em 1970 no filme "Pound", dirigido pelo pai. Nos anos 1980, após participações no humorístico "Saturday Night Live", Downey Jr. teve alguns pequenos papeis em comédias como "Mulher Nota 1000" (1985) e "De volta às aulas" (1986).

Robert Downey Jr. em cena de "Oppenheimer" — Foto: Divulgação
Robert Downey Jr. em cena de "Oppenheimer" — Foto: Divulgação

Na virada para os anos 1990, a fama chega em definitivo com longas como "O Céu se enganou" (1989), "Air America" (1991) e "Morrendo e aprendendo" (1993), ao mesmo tempo que os problemas com vícios e relacionamentos se intensificam. Nesta época, ele chegou a ser preso em duas oportunidades, em 1996 e 1999, após policiais encontrarem drogas e uma arma em seu carro. Em 2001, após sua última prisão e seguidas idas e vindas a centros de reabilitação, chega ao fim sua relação de nove anos Deborah Falconer, com quem teve um filho, Indio Falconer Downey.

Em 2000, ele voltou à TV na série "Ally McBeal", pela qual ganhou um Globo de Ouro e SAG Award, mas foi afastado do elenco após nova recaída, passando um ano em reabilitação até ser liberado em abril de 2002. No ano seguinte, enquanto filmava filmava "Gothika" no Canadá, conheceu a produtora Susan Levin, com quem se casou em 2005. O ator credita à mulher boa parte da força para vencer os vícios e recuperar sua carreira.

Quando a Marvel ofereceu o papel de Tony Stark em "Homem de Ferro" (2008), muitos viram a escolha como um erro, devido aos problemas anteriores de Downey Jr., mas sua interpretação ajudou a consolidar a MCU como um fenômeno audiovisual das últimas décadas.

Neste período, ele intercalou longas da Marvel com outros sucessos, como "Sherlock Holmes" (2009, 2011) e "Trovão tropical" (2008), pelo qual foi indicado ao Oscar de ator coadjuvante. Downey Jr. chegou a ser o ator mais bem pago do mundo durante três anos seguidos (2013, 2014, 2015).

O sucesso rendeu inúmeros fenômenos de bilheteria, salários astronômicos e uma legião de fãs, mas também colocou o astro em um lugar de menos prestígio com a crítica. Em seu discurso ao receber o prêmio, Downey Jr. afirmou que precisava do papel em "Oppenheimer" e que era um homem diferente apóso filme. Antes mesmo de conquistar a estatueta, o ator já havia dado entrevistas no sentido de que o longa teria ajudado a "restaurar sua credibilidade".

Em breve, Downey Jr. poderá ser visto nas telas novamente na comédia "All-Star Weekend", vivendo um mexicano no filme dirigido por Jamie Foxx em 2017, e no terceiro longa da franquia "Sherlock Holmes", que está em pré-produção. Outro projeto associado ao ator é a cinebiografia de John Brinkley, um charlatão que fingiu ser médico nos EUA no início do século XX, chegando a afirmar que havia descoberto uma cura alternativa para a impotência. Caso o projeto vingue, o ator será o protagonista.

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