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Primeiro homem negro a ganhar o Oscar de Melhor Ator Coadjuvante, o americano Louis Gossett Jr. morreu nesta quinta-feira, aos 87 anos, em sua casa em Santa Mônica, na Califórnia. O falecimento foi confirmado à agência de notícias Associated Press por um sobrinho do ator. A causa da morte não foi revelada.

Em 1983, Gossett venceu o Oscar por seu papel secundário no filme “A força do destino”, que também lhe rendeu um Globo de Ouro. “O Oscar me deu a capacidade de escolher bons papéis”, disse ele, que também atuou em filmes como “Inimigo meu”, “Sadat: o guerrilheiro da paz”, “Águia de aço”. Recentemente, esteve no remake de “A cor púrpura”.

Gossett também ganhou um Emmy pela atuação na minissérie “Roots”, de 1977, que retratava as atrocidades da escravidão.

Louis Cameron Gosset nasceu em 27 de maio de 1936, em Nova York, filho de um porteiro e de uma enfermeira. Começou a fazer teatro na escola e ficou “viciado”, como contou em seu livro de memórias “An Actor and a Gentleman” (Um ator e um cavalheiro). Incentivado por um professor, fez um teste para participar de um espetáculo na Broadway — e passou. Estreou nos palcos nova-iorquinos em 1953, aos 16 anos.

Ainda nos anos 1950, Gossett já fazia aparições na TV. Ficou amigo de James Dean e estudou atuação com Marilyn Monroe e Steve McQueen. Em 1959, fez sucesso na Broadway com a peça “A Raisin in the Sun”, ao lado de Sidney Poitier, Ruby Dee e Diana Sands. Em 1961, participou da adaptação cinematográfica da peça, que no Brasil ganhou o título de “O sol tornará a brilhar”.

Durante as gravações, ficou hospedado em um hotel infestado de baratas, que era um dos únicos em Hollywood que aceitava hóspedes negros. Em 1968, quando voltou a Hollywood para filmar um filme para TV, o estúdio o hospedou um hotel de Beverly Hills e alugou um conversível para ele. No enquanto, certa vez, em questão de minutos, o ator foi parado por oito policiais que o fizeram descer e erguer o capô do carro antes de liberá-lo.

“Embora eu soubesse que não tinha escolha senão aguentar esse tipo de abuso, era terrível ser tratado daquele jeito”, escreveu Gossett em suas memórias. “Percebi que aquilo estava acontecendo porque eu era um negro se exibindo com um carro chique, que, na visão deles, eu não tinha direito de estar dirigindo”.

Ainda durante as gravações, ele foi parado por policiais por caminhar nas redondezas do hotel após as nove horas da noite e algemado a uma árvore por três horas. “Eu tinha ficado face a face com o racismo”, escreveu. “Mas eu não ia deixar me que me destruíssem.”

Nos anos 1990, já beirando os 60 anos, ele foi parado pela polícia de Los Angeles enquanto dirigia um Rolls Royce Corniche II. O policial disse que o ator se parecia com alguém que eles estavam procurando. Gossett criou uma fundação para combater o racismo.

Em agosto de 1969, Gossett escapou da morte. Ele fora convidado para a festa na qual a atriz Sharon Tate seria assassinada pela gangue de Charles Manson. Mas preferiu trocar de roupa antes e, em casa, viu na TV as notícias do massacre.

Após o Oscar, Gossett teve problemas com álcool e cocaína e buscou tratamento. Em 2010, ele anunciou que havia sido diagnosticado com câncer de próstata em estágio inicial.

O ator deixa dois filhos, Satie e Sharron.

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O ator concedeu uma entrevista na qual reconheceu que, quando a saga estava prestes a terminar, a incerteza o levou a lugares sombrios.

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