RIO — Quem assiste às participações de Milton Cunha no "RJ1", da Globo, tem certeza de que ele é a cara da Cidade do Samba. Mas o ex-carnavalesco, que esteve 20 anos à frente de escolas como Beija-Flor, União da Ilha, Unidos da Tijuca e São Clemente, jura que passou todo esse tempo em barracões estudando para ocupar o outro lado. O que ele queria mesmo era trabalhar na TV.
No próximo fim de semana, fiel ao projeto, Cunha pisa na Sapucaí para seu oitavo ano comentando desfiles das escolas do Grupo Especial do Rio, ao lado de Fátima Bernardes e Alex Escobar.
Além dos comentários nos dois dias dos desfiles da elite do samba, ele também fará análises das agremiações da Série A. E, na Quarta de Cinzas, acompanha a apuração das notas dadas pelos jurados às escolas de samba, ao lado da jornalista Mariana Gross. Ufa! Como ele aguenta?
Três horas de sono por noite e vitaminas contra gripe na rotina foliona de Milton Cunha Foto: Ana Branco / Agência O Globo
— Minha dieta é a do tremelique, amado. Não posso perder nada, durmo três horas por noite. Só tomo umas vitaminas, porque de vez em quando a gripe chega forte — conta Milton, dono de um guarda-roupas com mais de 500 ternos e 150 pares de sapatos.
Milton assinou quatro desfiles na Beija-Flor de Nilópolis, entre 1994 e 1997 Foto: Júlio César Guimarães / Agência O Globo
Depois, foi para a União da Ilha, onde homenageou o fotógrafo francês Pierre Verger em 1998 e venceu o Estandarte de Ouro de melhor enredo. Ainda teve passagens pela Unidos da Tijuca e Sao Clemente Foto: Guto Costa / Agência O Globo
Hoje figurinha fácil na TV, Milton já era conhecido pela extravagância durante os 20 anos em que atuou como carnavalesco Foto: Carlos Ivan / Agência O Globo
Milton assinou um desfile pela última vez em 2010, na Acadêmicos do Cubango, escola de Niterói da Série A Foto: Gabriel Monteiro / Agência O Globo
Além das escolas de samba, Milton é um patrimônio do carnaval carioca como um todo. Na foto, desfile do Bloco Pobre Folia, em 2018 Foto: Márcio Alves / Agência O Globo
Milton já tem no currículo vários quadros na grade jornalística da Globo, onde trabalha há oito anos. Na foto, o "Natal do Milton", do "RJ1". Foto: Renato Rocha Miranda / Agência O Globo
Em seu guarda-roupas, Milton tem 500 ternos e mais de 150 pares de sapatos. Ostentação! Foto: Mônica Imbuzeiro / Agência O Globo
Participação de Milton Cunha no humorístico "Tá no ar", ao lado de Marcelo Adnet Foto: Mauricio Fidalgo / Agência O Globo
A extravagância não é persona carnavalesca, ele diz. Virou marca do ano todo:
— Não tenho vergonha, não negocio minha felicidade, não tenho medo. E eu gosto é do suor, não nasci para ser socialite.