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Charles Cosac aceita convite para dirigir Biblioteca Mario de Andrade em SP

Editor era dono da Cosac Naify, editora especializada em literatura e livros de arte
O editor Charles Cosac Foto:
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Bruno Poletti/Folhapress/24-09-2015
O editor Charles Cosac Foto: / Bruno Poletti/Folhapress/24-09-2015

SÃO PAULO - Charles Cosac, 52 anos, será no novo diretor da Biblioteca Mario de Andrade, no centro de São Paulo, uma referência entre os equipamentos culturais administrados pela Prefeitura da capital paulista. O convite foi feito pelo secretário de Cultura, André Sturm, que confirmou a informação para O GLOBO:

— Foi ideia minha chamá-lo — disse ele, em entrevista por telefone. — Conheci-o no ano passado e ficamos muito próximos. Eu o havia procurado para conversar sobre uma doação de dez mil livros e ele ficou muito contente com a ação. Quando pensei em alguém para dirigir a Mario de Andrade, logo pensei nele. Porque à frente da Cosac Naify ele teve uma gestão ousada e cheia de ideias.

Sturm tem planos de revitalizar a rede de bibliotecas municipais, num projeto que foi batizado de Biblioteca Viva. Mas, segundo o secretário, a Biblioteca Mario de Andrade é única, principalmente por causa de seu acervo, uma referência no Brasil e no mundo:

— O Charles vai se dedicar exclusivamente à Mario de Andrade. Por isso, eu costumo dizer: “São 52 bibliotecas, mais uma”. Não podemos esquecer que tem um acervo único no país e é uma referência. O outro conjunto de bibliotecas precisa mais de uma coordenação geral — ponderou ele, que tem como objetivo transformar esses equipamentos não apenas em locais de leitura, mas centros de cultura com outros eventos ligados à cultura.

Fundada em 1925, a Biblioteca Mario de Andrade tem mais de 4 mil itens distribuídos em dois prédios na Praça Dom José Gaspar, no centro de São Paulo. Com cerca de R$ 9 milhões de orçamento anual, o equipamento passou por uma modernização na gestão do ex-prefeito Fernando Haddad, abrindo aos finais de semana e abrigando outros eventos culturais. Sob a direção de Cosac, o que Sturm pretende é torná-lo "mais vivo":

— O trabalho feito até agora foi muito bom. O que queremos é ampliá-lo, trazendo mais eventos que não sejam ligados apenas à literatura. E também transformar a biblioteca em um local de aprendizado e formação, principalmente para outras bibliotecas — completou ele.