Cultura Livros Bienal do Livro

Concurso Brasil em Prosa consagra vencedores na Bienal do Livro 2015

Eduardo Sabino, Irka Barrios e Bruno Ribeiro falaram como foi criar os contos e participaram de debate sobre plataformas digitais
Irka (segundo lugar), Eduardo (primeiro) e Bruno (terceiro) posam para foto com seus prêmio Foto: Carlos Ivan/Agência O Globo
Irka (segundo lugar), Eduardo (primeiro) e Bruno (terceiro) posam para foto com seus prêmio Foto: Carlos Ivan/Agência O Globo

RIO — Três autores iniciantes tiveram tratamento de best-sellers neste domingo, quarto dia da Bienal do Rio. Eduardo Sabino, Irka Barrios e Bruno Ribeiro receberam os prêmios do concurso literário Brasil em Prosa, realizado pelo GLOBO em parceria com a Amazon e a Samsung. Eles participaram também do debate "Criação e distribuição da literatura contemporânea: do papel às plataformas digitais".

Durante a conversa, mediada pelo jornalista do GLOBO Guilherme Freitas, os escritores novatos receberam conselhos de José Castello, crítico literário e um dos jurados do concurso, e de FML Pepper, autora da trilogia "Não pare!" (Valentina), que despontou no sistema de autopublicação da Amazon. Castello destacou a importância de concursos literários:

— Eles funcionam para dar coragem aos autores, para que eles declarem que seus textos estão prontos. Independente da questão da plataforma, o que vem antes de tudo é a escrita como procura de si mesmo. Sejam intransigentes: se vocês cismarem que uma sombra, um coelho ou uma mosca são o centro de um conto ou romance, escrevam assim — disse, em referência aos textos vencedores.

Os três primeiros colocados da disputa comentaram o processo de criação de seus contos. "Sombras" , o vencedor, foi escrito por Sabino. "O coelho branco" , por Irka, que ficou em segundo lugar. Ribeiro completa o pódio com "A arte de morrer ou Marta Díptero Braquícero" .

— Quis contar a história de dois perdedores, fazê-los se sentirem como moscas. O conto fala de temas que são caros à existência do Ser Humano — disse Ribeiro.

Para Sabino, a competição o fez entrar em contato com um público maior do que o usual.

— Ao contrário dos outros concursos, pude ler o texto dos outros participantes. O Brasil em Prosa serviu para a promoção do diálogo, tanto com autores, quanto com os leitores — explicou.

Os textos vencedores foram publicados no Prosa e serão traduzidos para o inglês . Todos os 20 finalistas também ganharam uma assinatura digital do GLOBO por três meses, um Kindle e a assinatura do programa Kindle Unlimited.

Alexandre Munhoz, da Kindle Brasil, celebrou a parceria.

— Ficamos felizes em confirmar duas constatações: o brasileiro é apaixonado por leitura e existem muitos talentos espalhados pelo país.

Já Mário Augusto Santos Laffitte, vice-presidente de marketing da Samsung, disse que deve ser função das novas mídias garantir acesso à cultura:

— Temos orgulho de colocar a tecnologia como meio de acesso à produção literária do Brasil — finalizou.