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Por AFP


Pablo Neruda no aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro, em setembro de 1968 — Foto: Agência O Globo
Pablo Neruda no aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro, em setembro de 1968 — Foto: Agência O Globo

O painel de especialistas que investiga se o poeta Pablo Neruda morreu por envenenamento, em 1973, entregou seu relatório nesta quarta-feira (15) à juíza chilena Paola Plaza, que estudará o caso enquanto estiver na "fase de investigação". Em coletiva de imprensa, a magistrada afirmou que "o tribunal não teve conhecimento do conteúdo desses relatórios até hoje" e não confirmou a tese de que o poeta não morreu de câncer, mas por injeção da bactéria do botulismo.

"Não posso assumir a responsabilidade pelo que está circulando na imprensa e que tenha havido conhecimento prévio", disse Paola, que fica à frente da investigação iniciada há mais de uma década. A juíza destacou que "agora vem a fase de revisão, estudo, ponderação e apreciação, para que o tribunal defina as respectivas resoluções".

Advogado e sobrinho do poeta, Rodolfo Reyes afirmou que os resultados entregues pelos laboratórios são suficientes para confirmar que Neruda foi envenenado.

- Certamente essa bactéria é uma arma biológica que injetaram em Pablo Neruda, e poucas horas depois ele morreu - disse Rodolfo à AFP.

A tese de envenenamento, no entanto, é refutada por Bernardo Reyes, sobrinho-neto do autor de "Canto geral " e "20 poemas de amor e uma canção desesperada", rejeitou o caso por parte da família, que não é autora da ação e não acredita no assassinato de Neruda.

- A ciência não conseguirá determinar essa associação com um ato homicida. Sem mencionar que, até 1973, ainda não estavam um curso no país, durante a ditadura, assassinatos com técnicas químicas - disse Bernardo à AFP, chamando os parentes que endossam a denúncia de "porta-vozes arrogantes, que nem representam a família".

Desde 24 de janeiro de 2023, um painel formado por especialistas do Canadá, Dinamarca e Chile trabalhou na análise da perícia derivada de uma investigação iniciada em 2012, para verificar se Neruda havia sido envenenado. Pela versão oficial, o poeta, de 69 anos, morreu em uma clínica de Santiago em 23 de setembro de 1973, em decorrência de um câncer de próstata. Sua morte ocorreu 12 dias após o golpe militar que derrubou o governo de Salvador Allende, promovendo a ascensão de Augusto Pinochet.

Em outubro de 2017, um grupo de 16 especialistas chilenos e estrangeiros confirmou que o poeta não morreu de câncer, embora não pudessem determinar a causa exata de sua morte. Foi então iniciada uma investigação sobre uma bactéria, "Clostridium botulinum", encontrada nos restos mortais de Neruda. A suspeita de assassinato vem das ligações históricas de Neruda com o movimento comunista, o que já havia provocado seu exílio entre 1948 e 1952, após o então presidente chileno Gabriel González Videla decretar a ilegalidade do Partido Comunista, pelo qual o poeta elegeu-se senador em 1945.

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