Livros
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Em uma carta em apoio aos bibliotecários, compartilhada nas redes sociais, o ex-presidente americano Barack Obama criticou o banimento de livros nos Estados Unidos, onde a censura a obras literárias vem crescendo. "Hoje, alguns dos livros que moldaram minha vida — e a vida de tantos outros — estão sendo rejeitados por pessoas que discordam de certas e ideias e perspectivas. E bibliotecários estão na linha de frente, lutando todos os dias para garantir que o mais amplo espectro de pontos de vista, opiniões e ideias estejam disponíveis para todos", escreveu o ex-mandatário.

Dados divulgados em abril pela a American Library Association (Associação Americana de Bibliotecas) atestam que os pedidos de banimento de obras literárias de bibliotecas cresceu 38% em 2022. No ano passado, foram 2.517 pedidos de censura, contra 1.858 em 2021.

A maioria dos títulos é de autoria negra ou LGBTQIAPN+. O maior alvo dos pedidos de banimento é "Gênero queer", de Maia Kobabe, graphic novel sobre descoberta de identidade de gênero recém-publicado no Brasil pela Tinta-da-China. Clássicos modernos como de “O olho mais azul”, romance da americana Toni Morrison, a única mulher negra a ganhar o Nobel de Literatura, e “O conto da aia”, de Margaret Atwood, também entraram na lista dos censores.

"Em qualquer democracia, a livre troca de ideias é importante para assegurar que os cidadãos sejam informados, participem e sintam que suas perspectivas têm valor", escreveu o ex-presidente, que se referiu à Primeira Emenda à Constituição dos EUA, que assegura a liberdade de expressão.

Obama também afirmou que livros de autores como Toni Morrison, Walt Whitman e James Baldwin lhe ensinaram "coisas essenciais sobre o caráter dos EUA", que se mostraram "vitais" para sua atuação como "cidadão, líder comunitário e presidente". Disse ainda que não é "coincidência" que a maioria dos livros que entraram na mira censória tenham sido escritos por pessoas negras, indígenas e LGBTQIAPN+. O objetivo, continuou o ex-presidente, é "silenciar" essas vozes.

"Acredito que essa abordagem é equivocada, e contrária a tudo o que fez dos EUA um grande país. Como eu disse anteriormente, não só é importante que jovens de todas as origens se vejam representados nas páginas dos livros, mas também é importante que todos nós tenhamos contato com diferentes ideias e pontos de vista", escreveu.

Obama terminou a carta estendendo sua solidariedade aos bibliotecários. "Não importa se você acabou de começar a trabalhar em uma biblioteca escolar ou se está aí a vida toda, Michelle e eu queremos agradecê-lo por seu comprometimento inabalável com a liberdade de ler. Todos nós temos com você uma dívida de gratidão por assegurar que leitores de todos o país tenham acesso a uma ampla variedade de livros e às ideias que eles contêm", afirmou.

Nas redes sociais, o ex-presidente também compartilhou a campanha da Associação Americana de Bibliotecas contra a censura: "Unite against bookbans" (uni-vos contra o banimento de livros).

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