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Nilton Bonder — Foto: Ana Branco
Nilton Bonder — Foto: Ana Branco

Há os que dizem enxergar gente morta, os que afirmam falar com o além, aqueles que alegam ter acesso a memórias de supostas vidas passadas, e até quem jure ser capaz de mover objetos com o poder da mente. Charlatões à parte, uma parcela dos fenômenos ainda permanece sem uma explicação que independa de algum nível de fé. E foi neste território do incrível-fantástico-extraordinário que o rabino Nilton Bonder se debruçou para relatar as histórias de seu 29º livro, “Zona crepuscular”, que está sendo lançado no país.

Este ano, Bonder celebra quatro décadas como um dos líderes da Congregação Judaica no Brasil. Tempo suficiente para aprender a evitar desde as armadilhas supostamente sobrenaturais até as dolorosamente concretas, como o conflito entre Israel e o Hamas.

— Neste momento, somos muito afetados não apenas pelo conflito, que é triste, mas também pela polarização que as redes sociais provocam nas pessoas, exigindo que se tome um lado ou outro. Tenho evitado entrar nessa realidade — diz ele, autor de outros tantos títulos, como “A alma imoral”, best-seller que virou peça de teatro de sucesso, num monólogo de Clarice Niskier encenado pela primeira vez em 2006 e já assistido por cerca de 600 mil pessoas (este mês, por exemplo, esteve em cartaz no Rio).

No novo livro, Bonder conta 24 casos que envolvem demônios, ectoplasma, telepatia, vida após a morte e até óvnis. Coisas que geralmente acontecem quando o ser humano se encontra em algum momento mais sensível da vida. Daí a imagem proposta no título, que faz referência ao período do fim de tarde, horário em que o lusco-fusco pode confundir o olhar.

— O crepúsculo é aquele momento quando a luz ainda está presente mas nem tanto, o que deixa o terreno fértil para a alteração da percepção de sons e imagens, que de tão distorcidas aparentam ser de outro mundo — diz Bonder, que também quis homenagear o clássico programa americano de TV “Twilight zone”, no Brasil exibido com o título “Além da imaginação”.

Ele conta que não é raro ser procurado por membros de sua congregação em busca de aconselhamento relacionado a episódios supostamente sobrenaturais. E os contos de “Zona crepuscular” se baseiam em muitos dos tais encontros. Num deles, algo inexplicável aconteceu.

— É preciso ter muita cautela quando alguém chega narrando episódios paranormais. Geralmente, as causas do que a pessoa acha que acontece têm dimensões bem mais humanas do que teológicas. São perdas, separações, situações complexas. No entanto, algumas vezes não sabemos mesmo o que está acontecendo — diz, referindo-se ao descrito no conto “Bar Mitzvah Poltergeist” (leia abaixo um trecho publicado pelo GLOBO com exclusividade). — O que aconteceu ali eu vi com estes meus próprios olhinhos!

Já a realidade do poltergeist (algo como “fantasma bagunceiro”, em tradução livre) permanece viva na memória do autor. Aos leitores do conto, Bonder avisa que o protagonista já é um adulto, os eventos cessaram, e está tudo bem.

— Quando me procuram para narrar tais eventos, tento não ser aquele cético absoluto justamente para não tirar a riqueza psíquica que surge a partir desta zona crepuscular em que muitos nos encontramos em determinados momentos da vida — filosofa. — Mas confesso que, em alguns relatos, fica a impressão de que falta um elemento espiritual mesmo. A gente fica balançado...

Um rabino místico?

— Antes de ser rabino, sou brasileiro. E o Brasil é um país muito rico em termos de misticismo. Ainda que no Brasil exista intolerância religiosa, nós temos um diálogo inter-religioso formidável, especialmente com as tradições das religiões de matrizes africanas, com o espiritismo de Alan Kardec, com o budismo, entre outras tantas interpretações místicas do mundo.

O tal diálogo entre tradições é uma das características mais percebidas ao longo dos capítulos de “Zona crepuscular”. Basta uma rápida olhada no índice para identificar terminologias características de crenças diversas. Pense nos títulos “Ectoplasma erótico”, “Potências astrológicas”, “Operando com dr. Fritz” (sim, Bonder foi “assistente” de uma suposta cirurgia espiritual), “Psicolografando”. No capítulo “Objeto não identificável”, Bonder relata um contato imediato.

Os contos de “Zonas crepusculares” são intercalados com trechos do Talmude, livro sagrado judaico. Num dos trechos selecionados pelo rabino é dito que “quando uma pessoa está sozinha, um espírito destrutivo pode feri-la. Quando há duas pessoas, o espírito pode até fazer uma aparição, mas não pode ferir ninguém. Já com três pessoas presentes, ele então nem sequer se manifesta!”.

Bonder explica:

— Nós entramos nas nossas “zonas crepusculares” quando estamos sozinhos. Quando há mais pessoas envolvidas, somos trazidos de volta para uma realidade que não experimentamos quando entramos nos nossos mundos internos.

É importante ressaltar que o rabino não duvida de nenhuma das histórias narradas no livro. Para Bonder, tudo aquilo realmente aconteceu:

— Onde aqueles eventos aconteceram é a grande questão do livro. A natureza dos fenômenos é ao mesmo tempo improvável, ou seja, não verificável em laboratório, e comprovada por uma experiência incontestável.

Quando alguém pensa na ideia de um rabino, pode imaginar logo uma figura que inspira confiança e sabedoria. Uma espécie de mestre. O que muitos esquecem é que os mestres têm mestres, e, no caso de Bonder, um de seus preceptores chamava-se Zalman Schachter Shalomi, rabino polonês morto em 2014, nos EUA, onde morou a maior parte da vida. Era a ele que Bonder recorria toda vez que precisava de orientação para assuntos “ocultos”.

Zalman é um dos personagens recorrentes no livro, já que o líder religioso é conhecido por ter incentivado a pesquisa de outras tradições, além do território do judaísmo.

— Ele tinha um refinamento na dosagem perfeita entre o pé no chão e a capacidade de voar nas proposições trazidas pela congregação — conta o rabino, que certa vez conseguiu promover o encontro de Zalman com a líder brasileira do candomblé Mãe Beata de Yemanjá, morta em 2017.

O papo entre Beata e Zalman rendeu um divertido diálogo narrado no capítulo “Conversas telepáticas”. O mestre de Bonder também oferece um inesperado aconselhamento no episódio “Casamento post mortem”. Nada comparado ao diálogo entre Zalman e Fernando Gabeira, quando tentou entrevistá-lo. Esta história, que não tem nada de paranormal, também está no livro porque é “do outro mundo”.

Ainda que todas as histórias contadas em “Zonas crepusculares” sejam reais, Bonder prefere que o livro seja tratado como obra de ficção. É que alguns dos nomes foram trocados para proteger os envolvidos. E algumas das histórias careciam de um retoque aqui e ali para ficarem mais saborosas como literatura.

Ainda assim, ao fim do livro, é possível que o leitor ainda fique na dúvida se Bonder realmente acredita em tudo o que o conta. Afinal de contas, bruxas existem?

— Bruxas não existem. Elas são.

Leia conto 'Bar Mitzvah Poltergeist'

Os ritos de passagem existem para marcar os entroncamentos existenciais mais importantes. Sua função é abarcar os sentimentos e sentidos que despontam nessas ocasiões. Patrick (nome fictício) aparecia na minha agenda com a seguinte observação da secretária: “Bar Mitzva, serviço da manhã de 14/11/1987, parashá de Vayera” (o trecho da leitura semanal da Torá, do Pentateuco, que caberia ao menino preparar).

Era um dia comum, e eu já tinha feito algumas entrevistas corriqueiras. Recebia pessoas com problemas no casamento ou com questões com os filhos; pedindo orientação sobre litígios ou sobre doenças; enfim, aquelas coisas ordinárias da vida que, para quem as vive, são sempre extraordinárias. E assim me preparei para receber Patrick e seus pais para um primeiro encontro de Bar Mitzva. O Bar Mitzva é a cerimônia de maioridade que os meninos realizam aos 13 anos, e as meninas — com o “Bat Mitzva” — aos 12.

No entanto, se há algo que não é ordinário é justamente um Bar Mitzva. Para um menino, atuar dentro da tradição, que lhe exige cantar e realizar rituais diante de uma plateia constituída de família nuclear, família ampliada e amigos — e num único espaço —, não é pouca coisa. Para além dos desafios da celebração em si, essa é a fase da puberdade, ou seja, da mudança de voz, da adequação a um corpo em crescimento acelerado e, internamente, da adaptação a uma nova temporada hormonal. Por tudo isso, não é incomum que nesses períodos de transição se manifestem turbulências psíquicas e sociais.

A porta se abriu e, junto com a minha secretária, entraram os pais do menino. E, diferente do que era costume, esse último não entrou. Os pais se adiantaram, argumentando que gostariam de com versar comigo antes que eu o convidasse a participar. Aceitei as condições com certa curiosidade. O pai, então, tomou a palavra e disse:

— Rabino, quisemos falar-lhe antes do Patrick entrar porque estamos tendo dificuldades com ele. Não são questões triviais, e não sei muito bem como lhe apresentar isso... — E, se recompondo na cadeira, prosseguiu: — Bom, têm ocorrido eventos muito estranhos em nossa casa, e nós achamos que eles estão relacionados com o Patrick.

— Eventos de que tipo? — fui logo interrompendo.

— Eventos sobrenaturais... Quebra de objetos, copos e muitos episódios inexplicáveis — disse o pai abalado, prestando atenção à minha reação.

— Mas por que vocês associam isso ao Patrick?

— Por quê? Porque isso costuma acontecer justamente quando ele chega nos lugares. Tem sempre a ver com ele. Nós já nos acostumamos, apesar de estarmos muito assustados. Achamos que, talvez, esse momento de Bar Mitzva possa trazê-lo para mais próximo da religião e do sagrado, fazendo isso tudo cessar. Queira Deus!

— Vamos por partes. Como está o Patrick na escola? Como é a vida dele?

A mãe interrompeu pela primeira vez:

— Ele é muito fechado, rabino. Tem poucos amigos e é muito difícil convencê-lo a sair, a fazer atividades físicas etc. Ele é muito tímido e reservado. Estamos com muita esperança de que sua conversa com ele e a preparação para o Bar Mitzva o ajudem a superar isso. Para nós é muito difícil. A empregada está apavorada e quer ir embora. E eu ainda tenho o menor, o Alan, que é temporão, tem três anos. Mal consigo dar conta, estou superpreocupada!

— Que tipo de situações já ocorreram? — perguntei, tentando esconder minha incredulidade.

A mãe tomou a frente novamente:

— Quando ele fica zangado, por exemplo, as coisas quebram ou se mexem. Um dia, uma xícara se partiu na minha mão; os vidros e as paredes da casa racham... As coisas simplesmente trincam. Elas se quebram, rabino! Eletrodomésticos queimam, lâmpadas explodem. Isso nem é o mais importante, mas o fato é que estamos tendo um prejuízo enorme e não sabemos o que fazer. Já o levamos para psicanalistas, terapias de relaxamento, e nada adianta!

O termo Poltergeist, do idioma alemão, é traduzido como fantasma barulhento (poltern = barulhento; geist = fantasma ou espírito).

Poltergeist se refere a fenômenos sobrenaturais em que luzes surgem do nada; deslocamentos de objetos acontecem; anormalidades se sucedem em instalações elétricas e telefônicas; ruídos são ouvidos; brinquedos funcionam mesmo sem baterias ou pilhas; entre outros.

Acredita-se que o foco dessa perturbação seja oriundo de uma criança na fase da puberdade, em geral do sexo feminino. O termo psicocinesia, das palavras gregas psyché (alma) e kinein (mover), é utilizado para se referir à faculdade extrassensorial que faz com que a mente possa atuar diretamente sobre a matéria. Subitamente, despertei para o mundo real: “Não, não pode ser. Eles estão impressionados, tenho que manter a compostura”, pensei comigo. “Sou um rabino, e estão aqui num momento difícil. Não posso embarcar nessa narrativa!” É claro que havia algo acontecendo e que eles precisavam de ajuda. Porém, nunca coloquei o sobrenatural como primeiro item no campo das possibilidades. Tudo apontava para o quadro geral de um menino com problemas e questões típicas daquela etapa da vida. Uma boa conversa com Patrick, e eu saberia encaminhar as coisas para que pudéssemos aproveitar a ocasião do Bar Mitzva, oferecendo-lhe um importante apoio.

Pedi então que me deixassem conversar sozinho com o menino. Os pais se entreolharam com alguma resistência, mas cederam. Eles saíram e Patrick entrou. O menino entrou com a cabeça baixa e se sentou na cadeira em frente à minha mesa; e assim ficou, sem trocar sequer um olhar comigo. Armei minha fala e, antes que pudesse me apresentar e cumprimentá-lo, ouvi um som seco de tilintar. Consegui voltar meu olhar com rapidez suficiente para testemunhar o que acabara de acontecer: dois de meus diplomas pendurados na parede lateral da sala trincaram na diagonal, de vértice a vértice. Eu já teria certeza suficiente para afirmar que o vidro não estava trincado até aquele momento, caso não tivesse eu mesmo testemunhado aquilo. Mas eu testemunhei.

Foi uma rachadura que avançou em ambas as molduras, até um vértice encontrar o outro. Era como se houvesse uma pressão nas pontas dos dois quadros, fazendo com que o vidro não resistisse. Um silêncio misterioso se produziu. O menino nem sequer olhou. Esperei alguns instantes para ver se ele confirmava o ocorrido, mas nem um movimento, nada. Confesso que fiquei assustado. Não exatamente com o terror do evento, que por si só parecia sobrenatural; mas com a situação que eu tinha diante de mim. Fiquei carente de alguma outra testemunha ocular com quem pudesse dividir um “você viu isso?”.

Já que ele não me oferecia essa parceria, resolvi abrir a conversa sem mencionar o incidente.

— Oi, Patrick, eu sou o rabino Nilton Bonder, que vai estar com você neste preparativo para o seu Bar Mitzva — disse eu, imaginando o que ele poderia estar pensando. Ele balançou a cabeça afirmativamente, sem olhar para a minha direção. Esbocei algumas outras frases, tentando explicar o que faríamos e como seria o processo. Agora, nem o acenar de cabeça eu conseguia mais. Tentei de todas as formas entabular alguma conversa, sem êxito. Busquei ser empático com o silêncio. Fiz algumas perguntas sobre como ele se sentia, e nada: ele não se afetou. Acolhi o silêncio, e assim fiquei em sua companhia por alguns intermináveis minutos. Em dado momento, numa primeira ação in dependente, ele me fitou com severidade. Perguntei se estava zangado. Não respondeu. Eu nunca tinha me sentido tão desarmado e desprovido da possibilidade de adentrar tão cerrada armadura. Perguntei se gostaria de dizer algo; se estava em desacordo com realizar o seu Bar Mitzva; se havia algo que eu pudesse fazer por ele.

Nada.

O menino permanecia impassível. Vencido, avisei que iria convidar seus pais a entrarem. Quando me levantei, ele falou:

— Eu vou fazer! — E retomou o olhar voltado para o chão. Os pais entraram e notaram de imediato os diplomas trincados. Eles se entreolharam, mas não me disseram nada. Contei-lhes que Patrick havia me dito que faria o Bar Mitzva, e comecei a me endereçar a eles como se estivesse falando com o menino. Expliquei que tinha uma professora que era muito legal, que teríamos um ano inteiro para fazer tudo com calma etc. E, olhando fixamente para os pais, acrescentei:

— Estamos há um ano da cerimônia. É um ano muito intenso para os meninos, eles se modificam profundamente ao longo deste período; Patrick vai crescer muito, tenho certeza! Na primeira oportunidade, Patrick saiu da sala, nos permitindo novamente falarmos em tom mais baixo.

— Eu sei — disse com cumplicidade aos pais. — Minha sugestão é não darmos demasiada atenção a esses fenômenos. — Adentrar aquela esfera (apesar de estar claro para mim que ela existia e que, de alguma forma, poderia ser de meu interesse pessoal) não considerava o Patrick. Contei a eles a história chassídica de pais que trazem seu filho problemático e rebelde ao rabino, e este lhes aconselha a “amá-lo ainda mais!”. — E amar mais “é dar mais atenção” — falei olhando nos olhos da mãe.

Por fim, os acalmei, considerando que tínhamos dois grandes aliados: uma professora superamorosa e o tempo. É evidente que eles deveriam continuar com a ajuda de uma terapia, mas era importante, também, que não usassem o espaço religioso para resolver problemas da ordem do além. Sermos parceiros nesse sentido e nos ajudarmos nos problemas que pertencem a esta instância, ou seja, a este mundo, seria bem melhor do que sair abrindo portas para o oculto.

Quando estamos falando de nós mesmos, de nossas vidas, talvez queiramos nos aventurar por significados da ordem do sobrenatural. Porém, quando se trata da vida de uma criança, é uma irresponsabilidade trazermos profundezas simbólicas ou esotéricas sobre as quais não temos entendimento. E, de verdade, não me pareceu que estávamos lidando com um emaranhado de situações de vidas passadas ou com seres de outra dimensão. Patrick, isto sim, parecia perturbado; enredado em emoções psicofísicas que costumam ocorrer justamente nesse período da vida. Não é à toa que fenômenos Poltergeist são tratados como uma categoria à parte, atrelada à puberdade.

E assim foi. Como imaginei, a professora criou um vínculo superforte com o menino e, decididamente, foi muito importante para a sua mudança. Podemos dizer que, assim como a água é o solvente universal, o tempo é o elucidador universal: o Bar Mitzva transcorreu normalmente e Patrick se comportou como esperado. Estava mais alto e falante; havia se transformado radicalmente em comparação com o menino sisudo e sombrio que havia adentrado a minha sala.

Duas coisas, no entanto, chamaram a minha atenção. No meio da cerimônia, um gato apareceu do nada e andou sobre os tubos do velho órgão da sinagoga. Todos acharam aquilo curioso e “bonitinho”, enquanto eu trocava olhares com os pais.

Mas a segunda coisa ninguém viu: eu estava virado para o lado do público, o qual não preenchia todas as fileiras do primeiro andar da sinagoga; e no mezanino onde estavam algumas babás conversando e cuidando de crianças, uma delas não percebeu quando um bebê (cujo rosto apoiava-se passando por cima do seu ombro) regurgitou. Eu vi aquele jorro de golfada cair no primeiro andar e seestatelar nas cadeiras vazias de uma das filas de trás. Ninguém vira nada, nem a babá, pois estavam todos virados para a frente.

Mas por que achei aquilo estranho? Não acho que foram associações com filmes do tipo O exorcista que me assombraram. Pelo contrário, acho que foi a sensação física da vida — que em crianças conhecemos tão bem — de rejeitar, de vomitar, como um ato reflexivo, desde as profundezas das nossas entranhas. Na verdade, aquilo me pareceu uma representação mais adequada do fenômeno Poltergeist.

Porém, o olhar daquele menino na minha sala, eu nunca mais vou esquecê-lo: sua intensidade era tão avassaladora e de tal forma opaca que retratava requintadamente o fosco e o turvo da alma de Patrick naquele momento de sua vida. Mazal tov!

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