Antes mesmo dos primeiros debates da Festa Literária Internacional de Paraty começarem, às 19h desta quarta-feira, um assunto já dominava as rodinhas de conversa no coquetel de abertura: o calor. As temperaturas da cidade neste primeiro dia beiraram os 40ºC e já renderam ao evento o apelido de “Flip do calor”. Suando em bicas nos trajes sociais, muitos convidados diziam sentir saudades das edições da Flip realizadas no inverno.
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— É a Flip do aquecimento global — brincou Marcelo Freixo, presidente da Embratur, que convidou oficialmente jornalistas sul-americanos para conhecer a festa. — Um dos lemas da Embratur é que o Brasil não é só praia. O Brasil é cultura, gastronomia e natureza. Tem tudo a ver com a Flip, tem tudo a ver com Paraty.
Freixo está na cidade para participar da mesa de abertura da Flip+ na Casa da Cultura nesta quinta-feira às 10h. Ele participa do debate chamado “Experiências e iniciativas de promoção ao turismo literário Brasil-Portugal” com Bernardo Barreiros.
Quando as falas da cerimônia começaram, o calor estava na pauta dos discursos. Prefeito de Paraty, Luciano Vidal também esteve no evento. Com o microfone, disse que julho é a “data ideal” para a realização da festa.
— Nós acabamos com a sazonalidade em Paraty. Estamos lutando para trazer a Flip de volta para julho, este ano só não aconteceu por causa dos problemas de financiamento.
Fundadora da festa, a editora inglesa Liz Calder celebrou a realização da 21ª edição do evento. Ela aproveitou para agradecer os paratienses pela hospitalidade e acolhida nessas duas décadas.
— Com 21 anos, a Flip cresceu e agora é adulta. Paraty é um anfitrião incrível, só temos a agradecer.