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Prêmio Jabuti: Cinco escritores concorrentes para ficar de olho

Nomes ainda pouco conhecidos já receberam prêmios e elogios da crítica
Os autores Olavo Amaral e Gisele Mirabai Foto: Infoglobo
Os autores Olavo Amaral e Gisele Mirabai Foto: Infoglobo

RIO — O prêmio Jabuti tem o poder de consagrar escritores já renomados, assim como revelar ao público novos autores. Na edição comemorativa de 60 anos da premiação, haverá apenas um vencedor por categoria, além do ganhador do Livro do Ano. O GLOBO selecionou alguns concorrentes ainda poucos conhecidos para o público ficar de olho.

José Almeida Júnior, com "Última hora" (Record)

'Última hora' Foto: Reprodução
'Última hora' Foto: Reprodução

Vencedor do prêmio Sesc de Literatura de 2017 com o mesmo livro que concorre ao Jabuti de melhor Romance, o escritor potiguar tem 34 anos, é natural de Mossoró (RN) e reside em Brasília há 10 anos, onde exerce o cargo de Defensor Público do Distrito Federal.

"Última hora", seu primeiro livro publicado, é uma narrativa histórica, que retrata a história do jornal fundado por Samuel Wainer, sob o ponto de vista de um repórter ficcional torturado no Estado Novo. Um mergulho na vida política e da imprensa no Brasil dos anos 1950, tem histórias de tortura, militância e é recheado de personagens reais.

Olavo Amaral, com "Dicionário de línguas imaginárias" (Alfaguara)

'Dicionário de línguas imaginárias' Foto: Reprodução
'Dicionário de línguas imaginárias' Foto: Reprodução

Escritor, médico e pesquisador em neurociências na UFRJ, Amaral mescla fatos e fantasia em seus contos, além de lugares reais e imaginários, nos quais a linguagem assume uma posição central na investigação da condição humana. Com grande influência de Jorge Luis Borges, "Dicionário de línguas imaginárias " passa ainda por questões contemporâneas como imigração ilegal e pornografia online.

Nascido em Porto Alegre, é autor ainda de "Estática" (IEL-RS, 2006) e "Correnteza e escombros" (7Letras, 2012). É também roteirista de cinema tendo trabalhado em "Perro en el Columpio" (2008) e "Depois da poeira" (2014), entre outros.

Gustavo Melo Czekster, com "Não há amanhã" (Editora Zouk)

'Não há amanhã' Foto: Reprodução
'Não há amanhã' Foto: Reprodução

Vencedor do Prêmio Açorianos de Literatura de 2017, o segundo livro do escritor gaúcho concorre ao Jabuti na categoria de Contos. Em "Não há amanhã", Czekster mostra em 31 narrativas curtas, temas que vão da efemeridade das coisas humanas, até uma reflexão sobre a própria literatura.

Mestre em literatura comparada pela UFRGS, é autor também do livro de contos “O homem despedaçado”, lançado em 2011 pela Editora Dublinense.

Cristina Judar, com "Oito do sete" ( Editora Reformatório)

'Oito do sete' Foto: Reprodução
'Oito do sete' Foto: Reprodução

Primeiro romance da escritora e jornalista, "Oito do sete" guia o leitor por uma trama composta de fragmentos narrativos de quatro vozes distintas: duas amantes (Magda e Glória), um anjo (Serafim) e uma cidade (Roma). Em um fluxo de consciência, a linguagem da autora caminha por memórias, sonhos e pensamentos soltos.

Paulistana, Cristina Judar é também autora das HQs "Lina" (Editora Estação Liberdade) e "Vermelho, vivo" (Devir), além do livro de contos "Roteiros para uma vida curta" (Editora Reformatório).

Gisele Mirabai, com "Machamba" (Nova Fronteira)

'Machamba' Foto: Reprodução
'Machamba' Foto: Reprodução

Gisele Mirabai venceu o primeiro Prêmio Kindle para autores independentes com "Machamba", o que lhe rendeu um contrato com a Nova Fronteira. No livro, ela narra a história de uma menina que cresceu em uma fazenda em Minas Gerais lendo as Enciclopédias das Antigas Civilizações com o pai. Ao se ver adulta levando uma vida vazia em Londres, ela inicia uma viagem pelas antigas civilizações do planeta — Grécia, Turquia, Israel, Egito — em direção ao seu passado.

A escritora mineira é ainda autora de "Nasci pra ser Madonna" (Cepe), "Onde Judas perdeu as botas" (Edith) e "Guerreiras de Gaia" (Gaia). Além disso, dirigiu em 2015 o documentário "Homem livre".