Cultura

Maestro russo é demitido da orquestra filarmônica de Munique

Valery Gergiev não condenou a invasão da Ucrânia publicamente e já havia sido retirado de espetáculos em Nova York e na Itália
Vladimir Putin (L) e o maestro Valery Gergiev Foto: IVAN SEKRETAREV / AFP
Vladimir Putin (L) e o maestro Valery Gergiev Foto: IVAN SEKRETAREV / AFP

Depois do Carnegie Hall, em Nova York , e do La Scala, de Milão , chegou a vez da orquestra filarmônica de Munique, Alemanha, se manifestar contra o maestro russo Valery Gergiev. Ele era o maestro-chefe da orquestra e acabou demitido depois de não se manifestar publicamente contra a invasão da Ucrânia.

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No final da semana passada, o prefeito da cidade alemã, Dieter Reiter, pediu ao russo Valery Gergiev que respondesse à guerra, estabelecendo um prazo para a manifestação que terminou nesta segunda-feira (28). Em um comunicado nesta terça-feira (01), Reiter disse que Gergiev não conseguiu “se distanciar clara e inequivocamente da brutal guerra de agressão que Putin está travando contra a Ucrânia”.

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Na última quinta-feira (24), a prestigiada casa de shows Carnegie Hall , em Nova York, e a orquestra Filarmônica de Viena anunciaram que Valery Gergiev não vai mais apresentar uma série de shows.

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O maestro está sob crescente escrutínio por causa de seu apoio a Putin, que ele conhece há três décadas e a quem defende repetidamente.

Já em Milão, Gergiev conduziu "A Dama de Espadas", uma ópera baseada no romance de Alexander Pushkin no La Scala em 23 de fevereiro. O show vai até 15 de março.

"Acho que ele não estará lá, acho que neste momento podemos descartar isso", disse Giuseppe Sala, presidente do conselho de teatro do La Scala e prefeito de Milão, a repórteres na nesta segunda-feira (28).

"O Maestro não nos respondeu", acrescentou.

O prefeito Sala e o diretor artístico do La Scala, Dominique Meyer, pediram a Gergiev na semana passada que condenasse a invasão da Ucrânia ou não poderia mais se apresentar no show.